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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Consciência Negra

20 de novembro: Um dia de luta, conscientização e reconhecimento do povo negro

Foto: José Medeiros/ Facebook

20 de novembro: Um dia de luta, conscientização e reconhecimento do povo negro
Desde 2011, o dia 20 de novembro é uma data de reflexão sobre o papel do negro na sociedade brasileira, de conscientização sobre os direitos e o respeito que merecem e também de reconhecimento por sua contribuição na formação do país.

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A escolha do dia não foi aleatória e deu-se como homenagem a um grande símbolo da luta pela liberdade dos escravos no período colonial do Brasil. Neste mesmo dia, em 1965 faleceu Zumbi dos Palmares, mas seu exemplo se perpetua até os dias atuais.

Relembrar as conquista e participações do negro no decorrer da historio do Brasil é uma forma de não deixar que o legado desse povo se perca. É também uma forma de mostrar que o povo negro é o povo brasileiro, de pregar cada vez mais essa união sem fazer distinção.

Uma das formas de propagar essa integração é fortalecer a implementação da Lei Federal, de 2003, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas de ensinos Fundamental e Médio de todo País.

Em Mato Grosso, por exemplo, a Secretaria de Estado de Educação publicou uma Nota Técnica, este ano, determinando o cumprimento da Lei. A superintendente de Diversidades Educacionais da Seduc, Gonçalina de Almeida, acrescenta que a formação dos profissionais da educação é outro instrumento importante para que a temática seja trabalhada de forma adequada.

“Paralelo a isso a Seduc fez formação de professores quilombolas e formações de educação étnico-racial para dar subsídio aos professores, para que eles tivessem condições e confiança ao abordarem a temática nas escolas”, explica Gonçalina.

Este tipo de abordagem nas escolas de Mato Grosso se faz ainda mais necessária para que a população conheça suas próprias raízes, visto que, segundo dados do IBGE, 60% da população do estado é negra. Em Cuiabá os negros são maioria, com registro de 55%.

Esse autoconhecimento é o primeiro passo para a defesa de direitos e as lutas contra o preconceito, que já é considerado crime constitucional desde 1989. Além disso, o Brasil está também entre os países que se comprometeram a combater toda forma de discriminação em tratados internacionais de Direitos Humanos.

No caso de preconceito específico, como o da intolerância religiosa, há um núcleo específico da Polícia Civil em Mato Grosso para lidar com os casos denunciados, visto que há uma demanda considerável, principalmente de membros de centros espíritas, umbanda e candomblé.

A consciência dessa importância de reconhecimento do povo negro também veio para as comunidades quilombolas do estado em forma de conservação e disseminação da cultura quilombola, com a construção da Casa da Cultura da Comunidade Quilombola de Mata Cavalo, em Poconé.

Com 70 comunidades em seu território, distribuídas por 21 municípios, Mato Grosso possui uma população quilombola muito representativa. Só na comunidade Mata Cavalo, localizada em Nossa Senhora do Livramento, distante cerca de 50 km de Cuiabá, vivem aproximadamente 500 famílias.

Reconhecer o povo negro como povo brasileiro, reconhecer suas lutas, cultura e demais contribuições ao longo da história do Brasil como parte importante da sociedade no país é fundamental para que haja mais respeito, igualdade e menos discriminação.
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