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Sábado, 27 de abril de 2024

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A herança do ouro: conheça a cidade de Mariana, primeira capital de Minas Gerais

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Igreja São Francisco de Assis

Igreja São Francisco de Assis

A 12km da famosa Ouro Preto está outra cidade, não tão conhecida atualmente, mas que já foi uma das mais importantes do país. “Mariana”, primeira capital de Minas Gerais, primeira sede do bispado, primeira arquidiocese do estado, hoje vive do turismo. A herança do ouro, no entanto, está por todo lado. Nas igrejas, nos casarões, na Maria Fumaça que levava o resultado das minas para as cidades vizinhas.

O passeio curto pela cidade começa na Igreja de São Pedro, a 840m de altitude, o que propicia uma vista privilegiada de Mariana. A cidade foi construída em 1745, e seu nome foi em homenagem à Rainha Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V. Todas essas informações são passadas pelos guias que acompanham os passeios pela pequena cidade de quase 59 mil habitantes.

A Praça de Minas Gerais, um dos principais pontos turísticos, abriga um conjunto arquitetônico e paisagista com o prédio da Câmara Municipal (antiga cadeia), a Igreja São Francisco de Assis e a Igreja Nossa Senhora do Carmo. A presença de duas igrejas na mesma praça traz dúvidas, mas a explicação é clara: uma era dedicada aos intelectuais e burgueses, e a outra aos aristocratas. Os grupos não se misturavam e, além disso, não entravam em nenhuma das igrejas os pardos e negros.


Praça de Minas Gerais (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

Em mais de 300 anos de história, Mariana construiu um rico patrimônio turístico. Está entre seus pontos, também, o único museu da música do Brasil, o segundo mais rico Museu de Arte Sacra do país, além de restaurantes de comida tradicional mineira e diversas Igrejas com arte barroca.

Uma dessas Igrejas é a Catedral Basílica da Sé. Dentro dela encontra-se um órgão alemão do século XVIII que às sextas e domingos é utilizado para concertos. As apresentações são pagas, custam R$15 a meia entrada e R$30 a inteira, e cada dia o local recebe um músico diferente, de diversos países. Segundo a responsável pelos concertos, Elisa Freixo, cerca de sete mil pessoas visitam, por ano, as apresentações regulares. Mais informações sobre os concertos na Igreja podem ser encontrados AQUI.

Além da música, a Catedral também atrai pela beleza. Apesar de não poder tirar fotos dentro, é possível imaginar a riqueza: 365kg de ouro foram usados em sua decoração, transformando a igreja na Terceira mais rica do Brasil. Cada estábulo foi financiado por uma família da época do ouro, e cada um diz respeito à uma fase do barroco: Nacional Português, Joanino, Rococó e Neoclássico.

Para fechar o passeio e ir embora de Mariana, os turistas podem fazer uma viagem emu ma Maria Fumaça. O atual “Trem da Vale”, coordenado atualmente pela Vale do Rio Doce, cobra R$60 na passage até Ouro Preto e, andando a 23km/h, oferece cerca de uma hora de uma paisagem indescritível. São 356 metros de altitude que o trem sobe entre uma estação e outra até chegar a seu destino final.


Vista da Maria Fumaça (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

O trem foi construído por ordem de D. Pedro II e era utilizado para transporte da família real. Durante muitos anos, também foi utilizado para transporde de cargas e em 1996, quando foi privatizado, começou a transportar somente turistas.

Em Mariana encontra-se a maior mina da história do Brasil. A mina da Passagem, primeira mina industrial, foi construída em 1819, e de lá foram extraídos cerca de 35 toneladas de ouro. Para isso, foi preciso cavar onze kilômetros de extensão, e 350 metros de profundidade.

*O Olhar Conceito foi à Mariana a convite da Associação Brasileira de Agências de Viagem de Minas Gerais, que organiza em 2015 o Primeiro Festival de Turismo de Ouro Preto.
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