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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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reforma administrativa

Apesar de promessa de manter Secretaria de Cultura, equipe de transição faz projeto para extingui-la

Foto: Foto: Reprodução/ Assessoria Pedro Taques

Taques em audição pública com a classe cultural

Taques em audição pública com a classe cultural

A nova gestão do governo do Estado de Mato Grosso ainda nem começou e projetos já podem quebrar promessas de campanha. Isto porque a reforma administrativa apresentada pelo coordenador da equipe de transição de Pedro Taques (PDT), Otaviano Pivetta (PDT), prevê a extinção da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) ou sua fusão com a Secretaria de Turismo.

A proposta de Pivetta foram apresentadas à impresna nesta terça-feira (15) e ainda será apresentada ao futuro governador. A principal ideia da reforma administrativa é reduzir de 19 para 12 o número de secretarias e cortar o excesso de cargos comissionados da máquina pública. Cerca de 30 pessoas compõem a equipe de Pivetta, que explicou que só aguarda a publicação de um decreto do governador Silval Barbosa (PMDB) para iniciar, na prática, a transição.

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No caso, a Secretaria de Estado de Cultura seria transformada em superintendência, fundida com a Secretaria de Turismo, caso o projeto seja aprovado. Leia mais detalhes sobre a reforma administrativa clicando AQUI. 

O projeto de reforma, no entanto, é polêmico. O trecho que diz respeito à Secretaria de Estado de Cultura já causa alvoroço na classe cultural, pois uma das promessas de campanha de Pedro Taques era não só não extinguir a SEC, mas aumentar seu orçamento para 1,5% do orçamento do Estado.

O futuro governador, ainda quando candidato, apresentou suas propostas culturais pessoalmente à classe artística em audição pública na Casa Barão de Melgaço, sede da Academia Mato-Grossense de Letras (AML) e Instituto Histórico e Geográfico (IHGMT). O evento aconteceu há menos de um mês, no dia 17 de setembro. Veja na galeria abaixo as fotos do evento.

Na ocasião, Taques afirmou que gostaria de um Estado com quatro requisitos: mais transparente, justo, honesto e eficiente, pautando-se principalmente no diálogo com os segmentos, inclusive o cultural.

O candidato ainda afirmou que, além do reajuste orçamentário, o próximo secretário de cultura seria escolhido em diálogo com a classe cultural e que “não colocaria sua esposa a frente da SEC”. “A Cultura não é perfumaria, será tratada com a mesma seriedade que a educação, saúde, transporte e outras áreas”. Para ler na íntegra a reportagem com as propostas culturais do candidato, clique AQUI.

“Durante a campanha, todos os candidatos concordaram em empenhar orçamento fixo para a secretaria de cultura, apoiando o ensino de história, geografia, literatura mato-grossense, além da adoção da produção editorial regional nas escolas de rede pública. Assinaram a Carta Aberta da Casa Barão de Melgaço, em audições que promovemos em parceria entre a Academia Mato-Grossense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso. Pretendemos o cumprimento desses compromissos. Aqui está uma cobrança pública. A equipe de transição certamente chegará à conclusão notória de que a melhor receita para a boa gestão pública é a honestidade. Basta isso para que um Estado culturalmente rico como é Mato Grosso possa manter uma secretaria essencial a ilustrar os próprios governantes como primeiros destinatários do melhor que o povo pode oferecer e ensinar”, escreveu o presidente da AML, Eduardo Mahon, sobre o assunto. Leia o texto na íntegra clicando AQUI.

Agora basta aguardar para ver se o futuro governador irá tratar a Secretaria de Estado de Cultura com a mesma seriedade que a de saúde e educação, ou se a extinção ou fusão da SEC com a Secretaria de Turismo voltará a assombrar a classe cultural.
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