Carlos Lopes, artista plástico. Mas segundo a imortal da Academia Mato-grossense de Letras, Marília Beatriz Figueiredo Leite, é também sagrado, eterno, telúrico e mágico. Estas características tomam forma na exposição “Vida Vivida”, que será aberta na quinta-feira (31) na Casa do Parque, às 19h30. A entrada é gratuita e a curadoria ficou por conta de Magna Domingos.

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De acordo com a assessoria, serão 89 obras divididas em óleo sobre tela, azulejos e papel, todas produzidas ao longo dos últimos seis meses e após longo período de pesquisa. Os visitantes terão a grata oportunidade de conhecer o resultado de um processo de amadurecimento do artista. “Consegui resolver os conflitos que existiam entre eu mesmo e meu dom de criar. Estou muito mais confiante e seguro e as obras refletem estes 35 anos dedicados às artes”, define Carlos Lopes.


Inspirado pelas histórias em quadrinhos, Carlos começou a desenhar aos 8 anos e hoje relembra: “Desenhava com lápis e papel e fui praticando sozinho, até conhecer o Ateliê Livre, da Dalva de Barros, em 79, onde realmente comecei a pintar, trabalhando com óleo sobre tela”.

Nessa fase, as paisagens cuiabanas eram a matéria-prima das telas.  As beiras de rio, o mercado do peixe e muitos cenários do cotidiano da cidade verde. “Sou de Poconé, mas vim morar em Cuiabá aos 5 anos. Essas cenas fazem parte da minha memória”, conta o artista.

A experiência adquirida com o passar dos anos e muito estudo levaram o artista a fazer uso de formas geométricas e grafismos, técnica que confere grande impacto visual às suas obras. “A arte é o infinito, é algo que flui dentro de mim e que não consigo explicar. Surge do nada.  Parece ser algo de Deus mesmo. Durante a madrugada deixo as ideias fluírem e vou rascunhando. No dia seguinte, começo a desenvolver a peça”, relata.

E ele não esconde sua empolgação com a nova exposição. “Estou recebendo todo o apoio necessário, inclusive para poder alcançar um maior número de pessoas e comercializar minhas peças”, conta o artista plástico, com sua simplicidade e sotaque peculiares do povo poconeano.

Flávia Salem, idealizadora da Casa do Parque, vibra com a nova exposição. "É muito bom abraçar esta mostra individual do Carlos Lopes, que retrata e traduz os signos da nossa terra em tons e formas multicoloridos. É a Vida Vivida não só dele, como de toda nossa gente!".

Serviço

Aberta às 19 horas desta quinta-feira (31/07) na Casa do Parque, em Cuiabá, com entrada gratuita. A Casa do Parque fica localizada Rua Marechal Severiano de Queiroz, 455, bairro Duque de Caxias, Cuiabá, próximo à entrada dos fundos do Parque Mãe Bonifácia.