Muitos filmes fizeram história, tanto no cenário internacional, quanto no nacional. Alguns destes longas merecem um lugar nas telonas mais uma vez, mas muitas vezes não encontram este espaço. Muito se reclama que Cuiabá não oferece opções alternativas para os amantes de cinema. Pensando nisto, o cineclube Coxiponés, da Universidade Federal de Mato Grosso, exibe “Dona Flor e seus dois maridos” nesta quinta-feira (19).

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Baseado no clássico de mesmo nome de Jorge Amado, o filme virou um clássico do cinema brasileiro. Estreado em 1976 e dirigido por Bruno Barreto, o longa marcou época e se tornou o filme mais visto pelo público do país durante 34 anos. Mais de 10 milhões e 700 mil pessoas foram aos cinemas ver a história da inconsolável Dona Flor (Sônia Braga) que, viúva de um bon vivant (José Wilker), casa-se novamente com um farmacêutico (Mauro Mendonça) que é o oposto do primeiro marido.

O filme só perdeu a posição de recordista de bilheteria para Tropa de Elite 2, em 2010. O longa tem como curiosidade o fato de ter como roteirista Eduardo Coutinho, falecido em 2013 e homenageado no Oscar de 2014. Ele se tornou, posteriormente, o documentarista com a obra mais importante do Brasil.

A sessão do Coxiponés acontece no Centro Cultural da UFMT, às 19h30, e é de graça. De março a maio, o cineclube da UFMT exibirá filmes que trazem como temática o feminino no cinema, em abordagens diversificadas que discutem as relações amorosas, a liberdade, o trabalho e o poder.

“Dona Flor e seus dois maridos” recebeu três prêmios no Festival de Gramado – diretor, trilha sonora e o prêmio especial do júri. O filme também foi indicado ao Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro. O sucesso brasileiro mereceu uma versão norte-americana em 1982 (Meu adorável Fantasma).

Sinopse do filme

Durante o carnaval de 1943, na Bahia, Vadinho (José Wilker), um mulherengo e jogador inveterado, morre repentinamente e sua mulher, Dona Flor (Sônia Braga), fica inconsolável, pois apesar dele ter vários defeitos, era um excelente amante.

Mas, após algum tempo, ela se casa com Teodoro Madureira (Mauro Mendonça), um farmacêutico que é exatamente o oposto do primeiro marido. Ela passa a ter uma vida estável e tranquila, mas tediosa e, de tanto "chamar" pelo primeiro marido, ele um dia aparece nu na sua cama.

Então, ela pede ajuda a uma amiga, dizendo que quase foi seduzida pelo finado esposo. Um pai de santo se prontifica a afastar o espírito de Vadinho, mas existe um problema: no fundo, Flor quer que ele fique, pois há um forte desejo que precisa ser saciado.