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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Cuiabano decide trabalhar fazendo pipas artesanais e já vende cinco mil por mês

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Cuiabano decide trabalhar fazendo pipas artesanais e já vende cinco mil por mês
O amor pelas pipas, assim como o de muitos meninos, veio desde criança. Mas João Deodete Gomes das Neves Filho decidiu transformar a paixão em profissão quando amigos e vizinhos começaram a se interessar pelo que ele produzia.

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Dono de uma empresa de decoração, há um ano e quatro meses ele decidiu começar a vender pipas. Criou, então, a “Casa das Pipas”, nome escolhido porque é a sua própria casa que ele as vende. “No começo minha mãe teve medo, porque iria aumentar muito o fluxo de pessoas aqui. Mas eu costumo sempre conversar com cada cliente e sou amigo de todos”, explica o comerciante.

Depois da criação da marca, João passou a carimbar as pipas com o nome e telefone para vendas. Aos poucos, criou uma equipe de divulgação e está sempre nos diferentes bairros de Cuiabá e Várzea Grande falando sobre seu trabalho.

João produz cerca de duas mil pipas por semana, e vende cinco mil por mês. Por este motivo, sempre tem muitas em estoque: “Não precisa fazer encomenda, eu sempre tenho umas mil aqui em casa”, comenta. Ele produz todas as pipas sozinho, e conta que aprendeu apenas olhando os outros fazerem.



Os preços variam de R$2 a R$4, e as vendas – por enquanto – são feitas apenas para pessoas físicas. Apesar disso, com o boca-a-boca, o comerciante afirma que todos os dias surgem dois ou três clientes novos.

No futuro, ele pretende abrir uma loja para vender as pipas: “Eu só não abri ainda porque estou procurando um espaço aqui no bairro e não achei”. Atualmente, João – que vive no Campos Elísios – tem clientes mesmo nos bairros mais distantes do dele, como o CPA.

Seus clientes tem em média mais de 20 anos de idade e são, em sua maioria, homens. “Eu tenho cliente de até 70 anos”, comenta.

Encontros

Nos meses de abril a dezembro, depois das férias, João se encontra todos os finais de semana com um grupo de pessoas somente para soltar pipa. Ele conta que são 60 no grupo do Whatsapp, mas sempre aparecem cerca de 200 pessoas. “Agora nós estamos com um projeto de construir mais praças e lugares onde as pessoas possam se divertir”, comenta.

Quando questionado sobre a importância da pipa na vida das crianças que ele atende, ele conta que muitas que viviam fazendo “coisas erradas” na rua, depois que entraram no grupo, pararam. “Eu falo que se pegar subindo no telhado dos outros eu não vou mais vender pipa nem dar, e aí eles param”, explica João. Ele fala que nos outros bairros, quando acontecem os encontros, é mais difícil controlar as crianças, “mas com o tempo a gente consegue”.

Outra história interessante é a de uma empresária que, certa vez, comprou vinte pipas e levou para o Parque Mãe Bonifácia para dar para as crianças que encontrasse. “Hoje em dia você não vê mais as crianças na rua, o mundo virtual está dominando e é bom resgatar isso”, finaliza.

Localização


A casa de João fica na Travessa General Mello, atrás da seguradora HDI, número 8. Perto do cruzamento da Av. Carmindo de Campos com a General Mello. Informações: (65) 9911-2656.

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