Olhar Conceito

Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Notícias | Política Cultural

da nossa terra

Cuiabano que estuda medicina na Argentina fala sobre sua experiência

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Cuiabano que estuda medicina na Argentina fala sobre sua experiência
O sonho de ser médico é compartilhado por diversos brasileiros. O pequeno número de vagas em relação aos candidatos, no entanto, torna esse sonho difícil de ser alcançado. São diversos anos de cursinho, vestibulares em cidades do país inteiro e, muitas vezes, frustrações frequentes. 
Leia mais: 
Cuiabana que participou da novela "Em Família" conta sua experiência como atriz

Uma solução encontrada por alguns alunos, no entanto, é ir para países vizinhos ao Brasil para realizar seus sonhos. Este é o caso do cuiabano Renan Colleone, que estuda há quatro anos na cidade de Santo Tomé, na Argentina.
Renan sempre quis ser médico. Durante o ensino médio, dedicou-se integralmente aos estudos para o vestibular, tanto que fazia cursinho no período noturno no mesmo período em que terminava o colégio de manhã. Quando se formou, passou em biologia na Universidade Federal de Mato Grosso. “Eu fiz um semestre do curso, mas quando não é o que você quer, não adianta forçar”, conta o garoto, que hoje tem vinte e dois anos.

Depois de trancar a faculdade, Renan tinha duas opções. Ou voltava a fazer cursinho para tentar estudar no Brasil, ou ia para fora do país. Ficou com a segunda. Em março de 2011 ele foi para a Argentina para conhecer a cidade, e em maio já voltou de malas prontas.

“Na Argentina não existe vestibular para entrar. Você faz um ano de ciclo introdutório, e se for aprovado em todas as disciplinas isso significa que você está pronto para fazer o curso”, explica Renan. Até por este motivo, o curso de medicina na Argentina é mais longo do que aqui, somando sete anos no total. No Brasil, a extensão é normalmente de seis anos.

Renan chegou a pensar em voltar para o Brasil. “Fazer transferência é quase impossível. Eu tinha a opção de fazer vestibular novamente, mas já tinha esquecido muito do conteúdo que aprendi na escola”, explica, justificando o porquê de não ter retornado.

No futuro, no entanto, seus planos não são de ficar por lá. Santo Tomé é uma cidade muito pequena, e o estudante é apaixonado por megalópoles. Quando acabar o curso, o plano é fazer o exame de revalidação do diploma, voltar para o Brasil e logo ir embora para outro país e fazer residência médica lá.

Apesar das dificuldades, de ter que se distanciar da família e se acostumar a morar em uma cidade pequena, Renan diz que não se arrepende. “Eu tive a oportunidade de realizar um sonho que o Brasil não me proporcionou”, conclui.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet