Eram apenas nove horas da manhã naquele sábado (15) e a Rua 24 de Outubro já estava em plena atividade. As cores quentes dos produtos eram suavizadas pela delicadeza do Espaço Magnólia, criando uma harmonia típica da Feirinha da 24. Com o seu lema “Desapego”, a segunda edição do evento consolidou o conceito de reciclagem cultural e promete tornar-se um marco cuiabano.

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Mesmo embaixo de chuva, Feirinha da 24 fez sucesso e ganha edição mensal; Veja fotos

Muitos podem questionar a “reciclagem cultural”, pois a Feirinha, além de ponto de encontro entre artistas, produtores culturais e apreciadores das artes, é também um local de comércio, mesmo que a preços mais acessíveis. Mas a questão está justamente neste ponto: Apesar de pautar-se na venda, os produtos da Feirinha possuem a poesia de cada pessoa que o faz: Baseada no handmade (feito à mão), tudo o que se encontra naqueles corredores são criações artesanais ou possuem uma história por trás dela.



Local onde as pessoas formam novas amizades, cada edição traz uma novidade para ilustrar o espírito intimista do evento: Nesta segunda Feirinha, as designers de moda e proprietárias do Stúdio Crisálida, Bianca Poppi e Gabriela Damin, prepararam um mimo para os visitantes: corações feitos de crochê estavam espalhados pela Espaço Magnólia, contendo cada um uma reflexão ou mensagem do dia. Quem achasse um deles, poderia ficar com o coraçãozinho.

Idealizada por Alexandre Cervi, Bianca Poppi e Creuza Medeiros, a primeira edição da Feirinha fez tanto sucesso, mesmo embaixo de chuva, que o evento agora acontece mensalmente em Cuiabá. Ainda sobre a Feirinha deste sábado (15), Cervi disse: “Foi super agradável, bem o que nós [organizadores] queríamos pra esta edição. O clima o dia todo foi leve, tudo fluiu, a energia foi bem positiva e todos contribuíram para ‘amarrar’ o sábado de Feirinha da melhor forma possível”.

Para fechar com chave de ouro, os visitantes curtiram um happy hour com o pocket show do Rogê Além, que, nas palavras de Alexandre, “foi agradabilíssimo, despretencioso e poético”. Sendo uma apresentação mais intimista, o desempenho do músico, na companhia de Robson Resner na gaita, Carolina Calmon na percussão e Ricardo Neto no baixo, presenteou a Feirinha com uma nova vibe, marcando a transição do dia para a noite.



“A tendência é aumentar o público e lucro a cada edição, uma vez que o pessoal passa a entender, gostar e se interessar mais pela Feirinha. Acho que as pessoas estão olhando para o evento com carinho, já que é um sábado realmente agradável e garantido no mês! Alguns detalhes mais 'estatísticos' serão pontuados essa semana, na nossa próxima reunião. Acho que alguns expositores até podem ter mantido as vendas em relação à primeira edição (mesmo essa tendo mais público e menos chuva), mas isso acaba sendo natural, já que as vendas dependem de uma série de variáveis que vão da disposição e humor do público, ao interesse da vez, disponibilidade financeira”, concluiu Alexandre.

Ele ainda explica que a reação do público tem sido positiva e as críticas construtivas. Muitas das sugestões são discutidas nas reuniões após a Feirinha, que evoluí a cada edição. “Para abril, as ideias já estão borbulhando e novidades virão, certamente!”, finalizou.

E apenas depois da segunda edição, a Feirinha já é um daqueles eventos que ficam para a história cultural de Cuiabá, daqueles que, se e quando acabar, as pessoas vão lembrá-lo como parte dos “bons tempos”.



Confira as imagens do fotógrafo Rildo Amorim na galeria abaixo: