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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Depois de ano intenso para as artes cênicas, artistas esperam 2016 ainda mais agitado

Foto: Bruna Obadowski

Depois de ano intenso para as artes cênicas, artistas esperam 2016 ainda mais agitado
O mês de novembro trouxe para Mato Grosso 82 peças de teatro. Quatro festivais de teatro que aconteceram por todo o estado trouxeram mais fôlego e esperança aos profissionais das artes cênicas.

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Estes festivais aconteceram em Primavera do Leste, Campo Novo do Parecis, Alta Floresta e Cuiabá (que recebeu o festival Zé Bolo Flô em dezembro). Depois de tanta interação, os artistas encerram o ano esperando mais ainda de 2016.

De acordo com a assessoria, Juliana Capilé, uma das idealizadoras do Núcleo de Pesquisas Teatrais, afirma que o Seminário Encontros Possíveis, que aconteceu ao mesmo tempo que o VI Festival de Teatro da Amazônia Mato-Grossense, foi um dos mais importantes:

“A edição do Encontros Possíveis - Núcleo de Pesquisas Teatrais deste ano foi recheada de ineditismos. Pela primeira vez, nós da Cia. Pessoal de Teatro realizamos um evento em parceria com o Teatro Experimental de Alta Floresta, fazendo parte da programação do Festival de Teatro Amazônia Mato-Grossense”.

No encontro internacional estavam representantes de Mato Grosso, Distrito Federal, Rondônia, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Polônia, Índia, Itália, Dinamarca. Juliana idealizou o projeto junto a Daniela Leite e Tatiana Horevicht.

“Diminuímos as distâncias. A exemplo, uma das grandes referências do teatro mundial, Eugenio Barba (Odin Teatret/ Dinamarca) esteve em Alta Floresta, juntamente com Julia Varley, e ficaram encantados com o que viram da sede do grupo, da formação, da organização e da produção Mato-Grossense que pôde conferir”.

Eugenio ainda pediu registros da sede para incluir no acervo de espaços cênicos, uma pesquisa que ele desenvolve com Nicola Savarese para atualização do livro ‘A Arte Secreta do Ator’.

Outro workshop inédito foi o de kalarippayattu, aplicado pelo mestre Sankar Lal (India/Polônia) com a assistência do seu discípulo Alessandro Curti (Itália/Polônia): “Foi a primeira vez que a técnica do kalarippayattu, milenar arte marcial indiana, foi apresentada no Brasil”, explicou Juliana.

Segundo a atriz, na Índia o kalarippayattu é base de treinamento para atores bailarinos e a técnica é utilizada em centros de treinamento europeus, como o Instituto Grotowski (Polônia) e Odin Teatret (Dinamarca).

A internacionalização do teatro também foi discutida por Marcelo Bones e Cesario Alencar, e um debate sobre estéticas utilizadas no contemporâneo foi comandado por Maria Thereza Azevedo, coordenadora do grupo de pesquisas Artes Híbridas.

“Foram dias maravilhosos que passamos por lá. Saímos com a imagem da Sumaúma de 800 anos que fomos visitar no meio de uma reserva ecológica, dos sorrisos e da caderneta cheia de novos contatos, de espetáculos com estéticas diferentes, mas potências semelhantes, de cabeça cheia de planos e principalmente, com o coração repleto”. Finaliza Juliana.
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