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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Opção para o Carnaval

Do Pantanal ao Araguaia: conheça o potencial turístico de Mato Grosso

Que Mato Grosso é um estado bonito por natureza quase todo mundo sabe, mas será que você conhece todo o potencial turístico desse coração verde do Brasil? Único estado brasileiro composto por três biomas: Pantanal, Cerrado e Amazônia, opções não faltam em todas as regiões de Mato Grosso.

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Da cultura a culinária, dos museus as feiras e festas de rua, da caminhada no parque as trilhas de cachoeiras, o território mato-grossense é a escolha perfeita para quem deseja ter incríveis momentos de lazer. E como o feriado de Carnaval está chegando, confira algumas opções de viagens pelo estado para aproveitar os dias de folga:

Cuiabá

Localizada no centro da América do Sul, a cidade é a porta de entrada para quem deseja conhecer todas as belezas de Mato Grosso. Com quase 300 anos de existência, Cuiabá aflora como uma das capitais mais efervescentes do país e a combinação de história, modernidade, vida cultural, sabores, diversão e negócios oferece ao visitante perspectivas e olhares diferentes sobre a capital mato-grossense. São igrejas e templos religiosos, museus, praças, monumentos e comunidades tradicionais, tudo isso aliado a uma gastronomia ímpar, rica em peixes e iguarias regionais, sem deixar de mencionar o agito dos bares e casas noturnas que ditam o ritmo da noite cuiabana.


Foto: José Medeiros

Cerrado

Segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado é berço de rios de corredeiras, cachoeiras excelentes para a prática de esportes radicais, árvores, montanhas e muitos outros atrativos naturais que compõem a fauna e flora de beleza única no estado. Em destaque estão os municípios de Chapada dos Guimarães, Jaciara e Nobres. Destinos certos para quem deseja cenários paradisíacos, que inspiram a contemplação da natureza.

Chapada dos Guimarães – Palco de uma paisagem fantástica e muito misticismo, Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá) merece destaque pela exuberância de suas cachoeiras, cavernas e grutas. Só de paredões são 157 km, como os da Cidade de Pedra, um local com desníveis de até 350 metros e formações rochosas esculpidas pelo vento e pela chuva, que lembram ruínas de uma cidade. Do alto se vê uma bela paisagem habitada por aves como a arara vermelha e, em baixo, o vale onde nascem o rio Mutuca e o rio Claro.

Dentro do Parque Nacional, um destaque é o Circuito das Cachoeiras. São sete cachoeiras que podem ser contempladas nesta trilha, como a Cachoeira das Andorinhas. O principal cartão-postal é o Véu de Noiva, uma cascata que cai de uma altura de 86 metros, enquadrados por paredões.


Foto: José Medeiros

Nobres - Em Nobres (150 km de Cuiabá) os visitantes podem nadar ao lado de piaus, pacus, piraputangas, dourados e outras dezenas de espécies de peixes, além das arraias. Tão exuberante quanto a vista terrestre, a paisagem embaixo da água dá a sensação de se estar dentro de um aquário natural desenhado à mão. Além de flutuações em diversos rios e lagoas, a bela cachoeira da Serra Azul é um cenário à parte com sua queda d`água de cerca de 45 metros formando uma lindíssima lagoa de tom azulado. Tirolesas de 150 a 600 metros e descidas com bóias por rios que percorrem o interior de túneis e cavernas também fazem parte do roteiro. E para finalizar o dia, o belo pôr do sol na Lagoa das Araras, onde milhares desses e outros pássaros pousam ao entardecer para pernoitarem.


Foto: Reprodução

Jaciara - A cidade de Jaciara (140 km de Cuiabá) é conhecida como a capital mato-grossense dos esportes radicais. O rio Tenente Amaral oferece opções que vão desde o rafting e canoagem, para os menos aventureiros, ao cachoeirismo ou rapel e o highline, para aqueles que gostam de um pouco mais de emoção. O percurso do rio é bastante complexo com algumas quedas d`água que chegam a três metros para a descida nos botes infláveis.

De acordo com o instrutor Rafael Martins Sonsin, da agência Nativão, o rafting não tem nenhuma contra-indicação. “Qualquer pessoa pode praticar, independente da idade”, destaca.

Para os mais corajosos, o highline é uma modalidade que começa a ganhar adeptos. Ele tem sido praticado na cachoeira da Fumaça, em um cânion de aproximadamente 45 metros de altura. A modalidade vem sendo praticada há pouco tempo no Estado e já recebe esportistas de várias partes do país em busca de adrenalina. Esse esporte é uma das modalidades do slackline e consiste basicamente em equilibrar-se em uma fita ancorada a mais de 10 metros de altura entre formações rochosas, cânions e prédios.


Marcos Serra Lima

Pantanal

Maior área alagável do planeta, não há palavra que melhor exemplifique o Pantanal do que diversidade. São cerca de 650 espécies de aves, entre elas a espetacular arara azul, o tuiuiú (símbolo do Pantanal), e a garça-branca; mais de 260 espécies de peixes, 1.100 de borboletas e 80 de mamíferos, sendo a onça-pintada o maior deles (pode atingir 1,2 metro de comprimento, 85 centímetros de altura e pesar até 150 kg).

Saindo de Cuiabá, o município de Poconé (100 km da capital) é tido como a porta de entrada do Pantanal Norte e fica na confluência dos rios Cuiabá e Paraguai. Ao longo dos 147 quilômetros de extensão da Transpantaneira (MT-060), que liga Poconé até a localidade de Porto Jofre, o visitante encontra uma infinidade de pousadas e hotéis e ângulos privilegiados para observar a fauna e a flora locais.

Proprietário da Pousada Piuval, localizada no início da Transpantaneira, Eduardo Campos, comenta que as opções de passeio são variadas, como o safári fotográfico, passeios de barco, a cavalo, bicicleta e tratrem (um trator que puxa uma carreta em formato de um trenzinho), pesca, observação de pássaros, borboletas e animais, entre muitas outras.

“Cada época do ano tem o seu encanto no Pantanal, mas seja na época da cheia ou da seca, o turista encontra uma infinidade de passeios que com certeza farão a visita inesquecível”, comenta Campos.

Tão inesquecível que quem já visitou o Pantanal facilmente volta outras vezes. É o caso da turista italiana Nádia Morozzo, que visita o Pantanal pela terceira vez. Segundo ela, o que mais a encanta na região são os animais vivendo livres na natureza. “É belíssimo. Poder ver os animais em meio a natureza é algo único e espetacular, a cada vez que venho, me encanto mais”.

Mas outros municípios como Cáceres (220 km de Cuiabá), Barão de Melgaço (110 km de Cuiabá) e Santo Antônio de Leverger (30 km de Cuiabá) também são boas opções para desbravar essa planície exótica.

No município de Cáceres, os amantes da pesca podem alugar um barco e descer o rio Paraguai, passando dias e noites pescando ou apenas apreciando a paisagem. Para quem gosta de competição, a cidade promove anualmente o festival Internacional de Pesca Esportiva de Cáceres (Fipe).


Foto: José Medeiros

Araguaia

Na região do Araguaia o visitante encontra belas praias, aldeias indígenas, grutas e cachoeiras e a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal. O Rio Araguaia oferece praias de areia fina e branca. A região é conhecida também por seu misticismo, lendas e mistérios que atraem pesquisadores esotéricos e ufólogos do mundo inteiro.

Vale do Aragauaia – Berço dos índios Xavantes e Boróros, é composto por 34 municípios com belas praias de areia branca e águas calmas e cristalinas, espalhadas por cidades como Barra do Garças, Cocalinho, São Félix do Araguaia, Luciara e Santa Terezinha, entre outros.

Barra do Garças - A 510 km de Cuiabá, Barra do Garças forma um dos principais pólos turísticos do Vale do Araguaia, juntamente com a cidade vizinha Aragarças, no estado de Goiás. As praias formadas no Rio Araguaia, que separam as duas cidades, têm seu ponto alto durante a Temporada de Praia, que acontece todos os anos no mês de julho, mas que são uma boa pedida o ano inteiro.

A Serra do Roncador também é ponto turístico da cidade. Com diversas comunidades esotéricas, ela é conhecida como santuário místico no mundo inteiro.

Outro atrativo da região é o Parque Estadual da Serra Azul, que em dezembro de 2015 teve dois atrativos reabertos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema): duas rampas de vôo livre e visitação monitorada ao parque para instituições de ensino. A proposta para o ano de 2016 é gradativamente dar acesso a novos pontos de visitação, mediante elaboração e execução de projetos que ofereçam melhor estrutura de segurança aos visitantes.


Foto: José Medeiros

Amazônia

A maior parte do Norte de Mato Grosso é coberta pela vasta e exuberante Floresta Amazônica. O maior bioma do Brasil conta com 2.500 espécies de árvores e 30 mil espécies de plantas. A densa floresta chega a ter árvores com 50 metros de altura e grandes rios em áreas de preservação como o Parque Estadual do Cristalino e o Parque Nacional do Xingu.

O Parque Estadual do Cristalino está localizado na divisa com o Pará, entre os municípios de Alta Floresta e Novo Mundo e conta com pousadas e hotéis que oferecem a experiência de ficar hospedado no meio da floresta.


Foto: José Medeiros

Alta Floresta – Banhada pelo rio Teles Pires, é um dos principais pontos de pesca esportiva no estado, atraindo amantes da pesca de todo o Brasil e de outros países. Internacionalmente reconhecida pela riqueza da fauna e da flora amazônica, bem como da diversidade de aves, atraia ecoturistas, pesquisadores e adeptos de birdwatching (observação de aves). Dentre as 1.600 espécies de aves brasileiras, cerca de 600 encontram-se nesta região.
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