Comida regional e café da manhã típico da casa de vó são as inspirações do Armazém Cuiabano, cantinho no coração de Cuiabá que traz delícias frescas e receitas inovadoras. O proprietário, Gustavo Caldas, passou por um longo período até descobrir sua vocação: depois de estudar ciências da computação, trabalha na área por três anos e estudar para concurso público por um ano e meio, decidiu mudar o foco e estudar gastronomia.

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“Eu sempre gostei de cozinhar, sempre gostei de reunir amigos, fazer janta, sabe? E aí eu comecei gastronomia no ano passado, e dentro da faculdade tinha um trabalho que era pra montar uma empresa, e aí eu criei uma casa de empadas. Fiquei tão interessado e motivado com a ideia que eu conversei com meu pai e minha mãe e a gente resolveu abrir”, contou Gustavo ao Olhar Conceito.


Gustavo Caldas (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

O ponto onde foi instalado o armazém já era da família há anos. Em 1942, o avô de Gustavo abriu ali o ‘Armazém Oliveira’, onde vendia de tudo, desde banana até vara de pescar e espingardas. Quando seu pai casou, em 1982, ele assumiu o local e mudou o nome para ‘Caça e Pesca Oliveira’, mas não pegou. O neto, então, resolveu manter o primeiro nome e colocar ‘cuiabano’ para indicar o cardápio regional.

Como a ideia inicial era servir somente empadas, Gustavo investiu nos recheios: frango com pequi, linguicinha, carne seca com banana, moela e diversos outros. Além disso, depois de um tempo ele incluiu bolo de arroz, bolo de queijo, bolos caseiros, francisquito, sequilho e outros. Das bebidas, chá mate gelado, suco de caju e cafezinho coado na hora são os principais do cardápio.

Por estar no centro da cidade, bem no cruzamento da Generoso Ponce com a Joaquim Murtinho, Gustavo precisava fazer algo para que seu negócio não fosse só mais um a vender salgados por ali: “Quando eu quis abrir foi em maio do ano passado, aí em junho a gente começou a executar a reforma aqui do ponto e eu fui fazer um plano de negócio e consultoria no Sebrae, e aí eu tive que contar quantas pessoas que passavam aqui na porta. Eu fiquei sentado aqui contando e deu seis mil em um dia, e eu falei ‘nossa, vai vender pra caramba’ (...) só que eu levei um susto, porque a projeção era de um valor X de faturamento e foi dez vezes menor”, conta.

Um ano depois, o susto passou sem que o proprietário precisasse mudar seu conceito. Ele teve que fazer algumas alterações, como começar a vender salgados fritos: “O púbico aqui do centro pedia salgado mais popular, sabe? Aí eu tive que ir mudando pelo local. Tanto que eu demorei uns três meses pra aceitar isso, eu queria focar no cuiabano e sair um pouco dessa comida de centro. Só que aí eu fui selecionando e vendo que dá pra vender também esse salgadão só que com uma massa melhor, um recheio melhor...”


Empadas, croissant, bolos de arroz, bolo de queijo (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

Ele também percebeu que precisava atrair os clientes e, por mais que nãoquisesse colocar placas no estilo “refrigerante + salgado por R$3”, teve que se adaptar: “Com o tempo eu fui colocando flores aí na porta e plaquinha com o que tinha (...) Eu tento mostrar que existem lanches regionais gostosos, não precisa ser essas comidas mais comerciais que você acha congelado no mercado, sabe?”.

Além dos quitutes que vende dentro do armazém, Gustavo também faz cestas de café da manhã por encomenda. Ele promete que tudo é fresco e artesanal, e vem dentro de uma caixa de madeira.

O Armazém Cuiabano fica na Av. Generoso Ponce, 186, no centro da cidade (esquina com a Joaquim Murtinho). Para saber mais informações acesse a FAN PAGE.