Olhar Conceito

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Turismo

eco-turismo

Equipe do Olhar Conceito conferiu o Circuito das Cachoeiras em Chapada dos Guimarães; Veja como foi

Foto: Danilo Bezerra/Olhar Direto

Cachoeira do Pulo

Cachoeira do Pulo

O circuito das cachoeiras do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães é uma das primeiras opções de passeio para aqueles que visitam Mato Grosso. Para os que moram na região, uma hora ou outra a caminhada desperta o interesse pela paisagem deslumbrante. A reportagem do Olhar Conceito foi até Chapada na sexta-feira (21) para conferir a trilha. Veja como foi:

Leia mais: Cachoeira da Geladeira é escolha perfeita para passeio econômico de um dia em meio a natureza

O Parque Nacional de Chapada dos Guimarães só pode ser visitado com a presença de um guia. Por isto, a primeira parada foi a empresa Chapada Off Road, onde Nariel Iatskiu aguardava as pessoas para começar a trilha. Além da reportagem do Olhar Conceito, mais um casal completaria o grupo.


(Vista de um dos mirantes do Circuito das Cachoeiras)

O passeio começou pouco antes das 10h, quando os visitantes seguiram de carro até a entrada do Parque Nacional. Os veículos foram deixados no estacionamento enquanto as pessoas pegaram suas mochilas, água, passam protetor solar e prepararam-se para iniciar a caminhada de cerca de 7 Km. A primeira parte do passeio é uma caminhada de 40 minutos em uma estrada de terra.

Em volta da estrada, a vegetação do cerrado mato-grossense mostra suas diversas facetas. Como o passeio é guiado, os visitantes aprendem alguns detalhes sobre a história do local e utilização de algumas plantas. De acordo com Nariel, o cerrado é uma grande farmácia. Ela mostrou ao grupo plantas e frutas que servem como remédios, anestésicos e comida.

Em algumas partes do caminho, há vários pontos utilizados como mirante. De uma pedra ou uma parte mais elevada da trilha, o grupo tem uma vista panorâmica do Parque Nacional. “Às vezes a gente esquece o quanto Mato Grosso é bonito”, disseram os membros da equipe que já moram na região.


(Cachoeira das Andorinhas)

A primeira parada para banho e descanso é na cachoeira das Andorinhas. Com uma espécie de mini-praia em volta, esta queda d'água é uma boa opção para aqueles que gostam de ficar tranquilos. A piscina natural que forma-se na base da cachoeira é rasa e tem o fundo de areia com algumas poucas pedras. O nome é devido ao fato de que em toda a extensão do paredão, andorinhas construíram ninhos.

Para voltar à trilha, é preciso subir vários degraus de uma escada de madeira. Para aqueles com preparo físico mediano, o passeio começa a ficar pesado neste ponto, com a primeira de muitas subidas. Antes de voltar a caminhada, o grupo pode parar para recuperar o fôlego e admirar a vista em mais um mirante.

De acordo com Nariel, este passeio é feito principalmente por adultos com mais de 30 anos. “São poucos os jovens que gostam do eco-turismo e estão dispostos a fazer estas trilhas”, explicou. A guia também informou que é muito comum grupos de idosos reunirem-se para fazer o Circuito das Cachoeiras. “Elas vão no seu próprio ritmo, mas seguem até o final”.

Depois deste primeiro trecho, a distância entre as cachoeiras diminui. A caminhada entra mais a fundo no cerrado e a trilha torna-se irregular. Os degraus agora são de pedra e o grupo tem que tomar cuidado onde pisa para não torcer o pé. Mas com estas precauções, o caminho segue tranquilo até a próxima parada, que é a Cachoeira da Prainha.


(Cachoeira da Prainha)

Esta cachoeira também tem o fundo de areia e uma mini-praia em volta. Outros grupos aproveitaram a parada para estender toalhas no chão e tomar sol. Um pouco mais funda do que a primeira (em alguns pontos, não dá pé), esta cachoeira tem uma queda d’água menor. É o local perfeito para sentar-se em uma pedra e apreciar a hidromassagem natural da cachoeira.

A cachoeira da Prainha também é o primeiro ponto para reabastecimento de água. Na lateral da mini-praia, os visitantes deparam-se com uma pequena nascente de água potável. Logo acima desta queda d’água, os visitantes passam pela Cachoeira do Degrau. Com três metros de profundidade e difícil acesso, esta queda não é a opção mais viável para banhos. O grupo da guia Nariel passou pelo local somente para olhar e seguiu direto para a Cachoeira do Pulo, uma das mais bonitas do passeio.


(Cachoeira do Pulo)

Cercada por uma mata mais densa, esta queda d’água também tem pontos onde as pessoas não conseguem alcançar o fundo. Seu nome, inclusive, é por conta da prática de antigos visitantes pularem do topo da cachoeira, algo que não é permitido atualmente. Neste local, há menos espaço para deixar as mochilas e ficar em solo seco. A Cachoeira do Pulo tem um ar de isolamento e, mesmo com grande número de pessoas em volta, parece intocada. Talvez a mata mais densa em volta e o isolamento sejam as principais razões de sua beleza.


(Cachoeira 7 de setembro)

A Cachoeira 7 de setembro é o último banho do passeio. Neste ponto, já depois de vários quilômetros de caminhada e sem o almoço tradicional, a fome começa a bater. Nesta penúltima parada, há vários pontos confortáveis para sentar-se e fazer um lanche. Depois disto, o grupo segue em direção à Casa de Pedras, uma gruta que já serviu de abrigo para os homens da coluna Prestes e de refúgio para escravos fugitivos.



A gruta atualmente abriga apenas pequenos animais. Coberta de grãos de areia, seu chão é escorregadio. No local, podemos ouvir a água de um rio correndo próximo e aproveitar a sombra que as pedras proporcionam. Com um pouco de imaginação, tentamos visualizar todas as pessoas que já passaram pelo local. A sensação é de estar sentado em um recanto histórico.


(Casa das Pedras)

A volta passa por mais uma subida em uma trilha de terra. Mais alguns minutos de caminhada e o grupo está de volta ao estacionamento. Depois de caminhar o circuito inteiro em cerca de seis horas, o grupo chegou ao final com a seguinte reflexão: “Tudo o que vimos neste circuito das cachoeiras é apenas uma pequena parte do que temos aqui em Mato Grosso”. Para os que moram em Cuiabá ou Chapada, o sentimento é de privilégio por ter tanto a cidade, quanto a natureza tão próximos um do outro.

Recomendações

Os grupos para fazer o Circuito da Cachoeira são de no máximo 12 pessoas. Se for somente uma pessoa com o guia, o passeio sai por R$ 200. De 8 a 12 pessoas, fica R$ 60 para cada um.

A caminhada geralmente começa às 9h e segue até às 14h. Uma das recomendações é que todos levem bastante água e usem protetor solar. Para seguir as trilhas, as pessoas devem estar com meias e calçados confortáveis e resistentes.

Outras coisas que a agência recomenda levar são: repelente, lanche, embalagem para acondicionar seu lixo, roupa de banho, capa de chuva (principalmente de outubro a março), binóculos, máquina fotográfica (baterias, filmes ou cartões de memória) e uma mochila para acondicionar os objetos acima.

Serviço

Chapada Off Road
Rua Quinco Caldas, nº164, Centro | Chapada dos Guimarães | MT | 78195-000
Telefone: 65 3301-2441 | 65 8137-6199
Email: atendimento@chapadaoffroad.com
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet