Um mato-grossense de Lucas do Rio Verde embarca, na próxima sexta-feira (8), para um intercâmbio de três semanas nos Estados Unidos, onde vai conhecer a capital – Washington – e depois morar com uma família em Portland, Oregon, onde vai participar de atividades culturais, de responsabilidade social e de empreendedorismo e liderança. Djeison Rique foi eleito ‘Jovem Embaixador’ pela Embaixada dos Estados Unidos, e seu intercâmbio será todo patrocinado pelo programa.

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Mas não foi fácil chegar até aqui. Na tarde de terça-feira (5), enquanto esperava o vôo para Brasília, onde começaria sua jornada, o jovem relembrou o que teve que fazer para conseguir este título. Os pré-requisitos estão no site da embaixada americana: Ter entre 15 e 18 anos (candidatos não poderão ter mais de 18 ou menos de 15 na data da viagem), ter boa fluência oral e escrita em inglês, ser aluno do ensino médio na rede pública, pertencer à camada sócio-econômica menos favorecida, ter excelente desempenho escolar, ter perfil de liderança, iniciativa e boa desenvoltura oral e estar engajado por pelo menos 1 ano em atividades de responsabilidade social/voluntariado.

Esta foi a quarta vez que o mato-grossense se inscreveu no programa, que conheceu por meio da diretoria de sua escola: “Na primeira vez eu só cheguei à final mas não consegui nada, na segunda vez eu cheguei a fazer uma imersão em Londrina, na terceira vez eu só cheguei até a final novamente, e desta vez eu fui nomeado embaixador e ganhei o intercâmbio”, conta Djeison.

Sua história de trabalhos sociais é antiga. Desde 2008, quando participou de uma conferência municipal de direitos humanos em sua cidade, aos dez anos de idade, ele já se destacou. Dali, foi para a capital mato-grossense, e depois para Brasília como representante do estado. Aos poucos, Djeison foi ganhando visibilidade até que em 2009 foi selecionado para o G38 e o G11 do Conanda, “Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente”.


Encontro do G38 (Foto: Arquivo Pessoal)

“O G38 é formado por um representante de cada estado mais o distrito federal e mais alguns representantes de diversidades como grupos LGBT, indígena e outros. O G11, por sua vez, une cinco representantes, um de cada região, e outros de grupos de diversidade”. O garoto, que acaba de fazer 18 anos, é o representante de Mato Grosso e do Centro Oeste, e tem como função organizar conferências de direitos humanos pelo país.

Por todo seu histórico, ele foi considerado um exemplo para sua cidade e estado pela embaixada e tornou-se um jovem embaixador. A partir de sexta, vai mergulhar em um novo universo, e seus objetivos são claros: “Quero voltar pra cá com uma noção diferente do que é trabalho voluntário, após conhecer como isso funciona nos Estados Unidos. Quem sabe eu não desenvolvo um projeto. Mas o principal é viver essa experiência”, comenta.