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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Exposição Pensar Clóvis Irigaray perpassa 44 anos de trajetória do artista; um homem à frente do tempo

Foto: Reprodução

Exposição Pensar Clóvis Irigaray perpassa 44 anos de trajetória do artista; um homem à frente do tempo
No coração do Brasil, no cerrado mato-grossense, mais especificamente em Alto Araguaia, em 1949, nasceu Clóvis Hugueney Irigaray, mais conhecido como Clovito. Com o rosto pintado, mas um semblante sereno, o artista representa toda a sensibilidade que a arte pode trazer em suas pinceladas coloridas e vibrantes. É modernista, é realista, hiper-realista, caminha para o abstracionismo e também usa o estilo pop. Difícil é encaixá-lo em padrões, já diz a crítica. Um homem à frente do seu tempo que terá toda a trajetória de 44 anos de carreira contada na exposição “Pensar Clóvis Irigaray” no SESC Arsenal.

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“Pensar Clóvis Irigaray coloca o artista como foco de contemporaneidade por ele estar à frente, abrindo caminho através de sua sensibilidade e comprometimento. Ser incomum, ver, sentir, fazer, vivenciar o cotidiano e se confundir com a obra”, traz o SESC Arsenal sobre a exposição, que terá a abertura realizada na próxima quarta-feira (22) às 20h.

A relação com a pintura aconteceu desde cedo. Já na infância, Clovito mostrou aptidão para o desenho, assim como a mãe que tinha facilidade com a pintura. E assim, foi se moldando ao longo dos anos, até chegar ao que conhecemos hoje. São cores e formas que contam histórias, que revelam sonhos, que fazem querer o que há além da primeira impressão e mergulhar em um novo mundo de sentidos.



O artista é considerado um dos pilares da pintura modernista em Mato Grosso, ao lado de Humberto Espíndola, João Sebastião e Dalva de Barros. Por volta de 1957, Clovito iniciou a fase indigenista com um enfoque hiper-realista. E se consolidou. É através do índio que o pintor conseguiu expressar a sua preocupação com as raízes, mesmo sem nunca ter ido a uma aldeia indígena, Clovito conseguiu captar a essência indígena e traduzi-la em um mundo simbólico, mas realista. E traz o índio empresário da Coca-Cola, general, astronauta, atleta e professor.

A aculturação dos índios é uma preocupação constante em sua obra. Talvez persiga um mundo utópico, onde as culturas sejam respeitadas e as raízes preservadas em sua essência. Observar sua obra é ter certeza que Clovito vive atrás de utopias, de sonhos que permanecerão incompletos, e talvez por isto, possam dialogar com aquilo que é realidade e pintar de colorido, os sonhos que ainda vivem.

Em 2013, foi nomeado Embaixador das Artes pela Academia Francesa de Artes, Letras e Cultura e também foi convidado para expor seu trabalho no Museu do Louvre, em Paris, um dos maiores e mais conceituados do mundo.
Bom, não é preciso falar muito quando se trata de Clovito. Suas pinturas falam por si só e a exposição no SESC Arsenal é aberta ao público e gratuita, de terça a sexta-feira das 14h às 21h, e finais de semana e feriados das 16h às 20h na Galeria de Artes.
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