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Domingo, 28 de abril de 2024

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Izis Dorilêo critica modismos e conta particularidades dos casamentos do Centro-Oeste em livro

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Izis Dorilêo critica modismos e conta particularidades dos casamentos do Centro-Oeste em livro
Poá, óculos de chopp, dupla sertaneja, “Répondez S’il Vous Plait”, flores de plástico, flores de verdade, glamour,balinhas na igreja, havaianas. Apesar da tentação de dizer que tudo isso já esteve ou está “na moda” para festas de casamento, a cerimonialista Izis Dorileo explica que neste segmento ‘moda’ não existe. Ou não deveria existir.

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Izis trabalha na área há dezoito anos, e recentemente foi uma das convidadas para fazer parte do livro ‘Casar sem frescura’, da jornalista Claudia Matarazzo. Falando especificamente do mercado de casamentos no centro-oeste, Izis se juntou a dez profissionais de outros estados do Brasil para comparar a realidade em cada um.

Nele ela comenta, por exemplo, que é no Centro Oeste que se consome mais cerveja. Além disso, existe uma diferença em relação ao Buffet: “Aqui, se não tiver no mínimo dez pratos diferentes a festa é ruim, enquanto nos outros estados são só dois tipos e pronto”, explica Izis.

Os cuiabanos também tem medo que a festa pareça vazia. Enquanto em muitos lugares do Brasil os decoradores conseguem introduzir aos poucos a ideia de uma festa com vários ambientes, por aqui é difícil um casal que aceite: “Eles falam que a festa vai ficar dividida. Tento explicar, mas na maioria das vezes os clientes querem que todo mundo fique num salão só”, conta a cerimonialista.

As diversas diferenças são culturais. No Centro-Oeste não funciona pedir para confirmar presença: “O RSVP [Répondez S’il Vous Plait – ‘Responda, por favor’ em francês] funciona muito bem em São Paulo. Em Cuiabá as pessoas não têm costume de confirmar, até porque se elas disserem que não vão os noivos podem se sentir ofendidos”.

Izis ainda conta que a famosa ‘crise econômica’ não afeta o mercado de casamentos: “As pessoas não deixam de casar por causa da crise. Elas podem fazer festas menores, mas não deixam de fazer”, afirma.

E não é difícil diminuir a festa. Em sua quase maioridade no que diz respeito à eventos, a cerimonialista afirma com certeza que o que mais mudou nestes dezoito anos foi a vontade de ter um espetáculo cada vez mais glamouroso: “Hoje as noivas querem colocar balinhas na mesa na igreja, água aromatizada. Um casamento que não dê havaianas ou rasteirinha não funciona”, explica. Quando começou a trabalhar, tudo era mais simples e menos detalhado. “Os noivos estão mais exigentes”.

O Centro Oeste é o local onde os casamentos são maiores e mais luxuosos. Ele leva também, junto ao nordeste, o prêmio de região com maior número de padrinhos. E tem as festas mais animadas ‘do começo ao fim’: “Em São Paulo, por exemplo, é comum começar a festa com uma música mais lounge. Aqui não. A festa já tem que começar bombando, se não a pista não enche”. A última ‘moda’ tem sido contratar dupla sertaneja:

“Eu acho que tem que contratar se o estilo do casal e dos convidados for esse. Já tive cliente que queria uma dupla, mas não gostava do gênero, só por acreditar que é ‘tendência’. Isso não existe!”, afirma Izis, “Não existe vestido da moda, festa da moda. O casamento tem que ser do estilo do casal e pronto”, finaliza.

O livro


‘Casar sem frescura’ foi escrito por Claudia Matarazzo após um curso de MBA ministrado por ela de 2012 a 2014, para organizadores de eventos de todo o Brasil. Ao perceber que os relatos de cada um não batiam com o dos outros, ela decidiu publicar um livro sobre as diferenças entre os estados, com ajuda deles.

Em Mato Grosso, o livro está disponível para venda nas livrarias Janina.
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