Mineiro que mora em Cuiabá desde 1980, o jornalista JC Patrício é apaixonado por fotografia. Clicando preferencialmente a natureza, passa horas a fio procurando flores dentre o cerrado, admirando o pôr do sol mato-grossense ou até mesmo as formações de chuva.

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Sua paixão começou há muito tempo. Como ele mesmo diz, “num tempo em que ainda não havia a profusão de imagens que a internet hoje disponibiliza”, ele foi apresentado à fotografia por meio de um trabalho de um amigo: uma foto feita no Pantanal, que mostrava um galho seco de árvore cheio de passarinhos de cabeça vermelha. Foi ali que ele começou a se interessar pela fotografia.

Este mesmo amigo, então, viajou ao exterior e trouxe para JC uma câmera semiprofissional. As fotos que ele fazia eram de crianças, seus filhos, afilhados, filhos de amigos, e também de viagens. No entanto, como a máquina era analógica, os gastos eram muitos com filmes, revelações e cópias, e então o jornalista deixou esta arte de lado por um tempo.

A facilidade das câmeras digitais mais avançadas fez com que JC reiniciasse os trabalhos. Desta vez, a natureza já era seu foco maior. “Como sempre gostei muito de flores comecei a fotografá-las nos jardins, nas exposições, mas foi no cerrado que descobri minha verdadeira paixão. As florzinhas do mato me atraíam de tal forma que me tornei um “flortógrafo”, expressão que eu inventei para justificar minha paixão pelo tema”, comenta.

Hoje em dia a fotografia ainda é um hobby, feito nas horas vagas. JC trabalha com uma empresa própria na área de marketing e propaganda, mas sonha em dedicar-se às fotos, “Não digo que sou profissional, por que não vivo da fotografia. Mas gostaria. Estou aberto a patrocínios e propostas (risos)”, diz. Outro problema para o jornalista é a falta de conhecimento do mercado neste aspecto, “Então, à medida que for descobrindo como funciona esse nicho, vou dedicar mais tempo à fotografia como negócio. Confesso que ser tímido e perfeccionista demais atrapalha um pouco, mas estou procurando um jeito de me profissionalizar”, explica.



Além da natureza, JC também costuma fotografar a atividade humana no meio rural, as festas e tradições do interior. De sua sacada, faz imagens do céu e também de Cuiabá vista de cima. O jornalista afirma que, apesar de não ter a pretensão de dizer muita coisa com as imagens, elas impactam as pessoas de formas particulares, “Acho que as fotos falam por si e a cada um de um jeito”, comenta.

As fotos de JC são publicadas em redes sociais. No Flickr e no Facebook, as imagens estão disponíveis publicamente, o que traz vantagens e desvantagens. Foi por este meio que o jornalista conseguiu fazer contato com outros fotógrafos do mundo e trocar experiências. No entanto, suas fotos já foram copiadas e publicadas indevidamente. “Logo que se começou a falar em Cuiabá como uma das subsedes da Copa do Mundo, descobri que um site dedicado à divulgação do evento havia publicado uma foto noturna de Cuiabá que tirei da minha sacada e dado crédito a outra pessoa. Resolvi pesquisar e descobri que a mesma imagem estava sendo utilizada em mais de 200 sites, blogs, empresas, instituições e órgãos públicos no Brasil e no exterior, alguns com clara finalidade comercial”, lamenta JC.

Suas inspirações estão na natureza e em outros fotógrafos. Ele fez um workshop sobre natureza selvagem com o Mike Bueno e um curso no Pantanal com o José Medeiros, para ele, fotógrafos que “estão entre os melhores fotógrafos brasileiros da atualidade”.

O trabalho de JC pode ser visto também na FAN PAGE do Facebook.