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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Jack White encerra jejum de 10 anos com show poderoso no Lollapalooza Brasil 2015

Jack White encerra jejum de 10 anos com show poderoso no Lollapalooza Brasil 2015
Há 10 anos, a relação de Jack White com o Brasil parecia de amor incondicional. Um show surpreendente em 2003, uma turnê arrasadora em 2005 e uma sólida base de fãs indicavam que o guitarrista tinha tudo para virar o Jimmy Cliff da vez. Afinal, White até se casou nas águas do Rio Negro, no Amazonas. Só que em desde de então, Jack vinha tratando os brasileiros com uma certa friezas e não só os White Stripes nunca voltaram para cá, como também não vieram os vários outros projetos do rapaz, uma espécie de "funcionário do mês" do rock deste milênio.

Se a fome era grande, Jack tratou de saciá-la no Lollapalooza Brasil 2015. Em quase 2 horas de show, o guitarrista uniou os vários pontos díspares de sua carreira num belo (e azulado) resumo, que fez o tempo com Meg, o The Raconteurs e a fase solo parecerem uma coisa só. Acompanhado de uma banda de técnica e capacidade de improvisos absurdos, Jack parecia um maestro, guiando levando seus músicos de 2007 ("Icky Thump") a 2014 ("Lazaretto", "High Ball Stepper"), de 2006 ("Steady As She Goes") a 2003 ("Hotel Yorba") e 2001 ("Dead Leaves And The Dirty Ground").

O público faminto pedia nos gritos e nos cartazes - "Oh", "Oh", "Oh", "Oh", "Oh", "Oh", "Oh", "Ooh" - e "Seven Nation Army" veio no fim, enchendo os ouvidos que jejuaram por tempo demais.

Mais cedo, os palcos principais ficaram divididos entre o rock, a música eletrônica e a intersecção dos dois gêneros. Se Skrillex e Robert Plant polarizaram a agressividade tecnológica da EDM e a força dos clássicos do Led Zeppellin, Kasabian e Alt-J mostram que os beats e as guitarras podem conviver muito bem juntos. No início da tarde, Fitz & The Tantrums e Banda do Mar fizeram ótimos shows para um público que ainda chegava ao Autódromo de Interlagos.

No Palco Axe, a história do dia foi o cancelamento do show de Marina & The Diamonds, que deixou vários órfãos no Lolla. Headliner, o Bastille mostrou um show bem animado e bem mais completo do que singles como "Bad Blood" sugeria, arrastando uma pequena e jovem multidão ao palco mais afastado do festival. St. Vincent e Marcelo D2 também foram destaques.

No Perry, Major Lazer repetiu a apresentação deliciosamente bagaceira de 2012, agora em proporções muito maiores. A latinidade do Ritmo Machine trouxe uma cor diferente ao centro da música eletrônica no festival, que esteve lotado durante todo o sábado.
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