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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Médicos temem que prática estadunidense de tráfico de leite materno chegue ao Brasil

Foto: Reprodução

Médicos temem que prática estadunidense de tráfico de leite materno chegue ao Brasil
Por ser rico em nutrientes e altamente recomendado por médicos e pediatras, o leite materno se tornou um bem precioso no mercado e, nos últimos tempos, tem sido comercializado ilegalmente. O problema, no entanto, é maior do que econômico, já que o leite pode não trazer bons efeitos para os adultos.

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De acordo com matéria recente publicada no British Journal of Medicine, alguns sites que comercializam o leite humano conseguem colocar um produto a preços mais acessíveis do que os dos bancos de leite. Isso porque não têm custos de pasteurização e testagem de contaminação, armazenamento e distribuição do leite.

“Diferente do que é exigido nos bancos de leite regulamentados, o leite humano comercializado pelos sites não passa por testagem sorológica (hepatite B e C, HIV, sífilis) colocando em risco a transmissão dessas doenças”, afirma o pediatra o pediatra e homeopata Moises Chencinski, autor do blog #EuApoioLeiteMaterno.

Ele afirma, ainda, que o leite é visado por grupos de adultos que não tem acesso ao nutriente de forma livre, como os pacientes com câncer, fisiculturistas, fetichistas e outros. “Além disso, nem todas as mães, por alguma razão, conseguem amamentar e, movidas pela campanha de informação sobre os benefícios do leite materno e dos riscos do uso de fórmulas infantis, buscam o melhor para seus filhos. Porém, nem sempre essas mães fazem parte do grupo elegível para receber o leite materno doado nos bancos de leite”, comenta.

A solução encontrada na compra online, no entanto, não é segura: “Como o leite humano comercializado na Internet não é fiscalizado, em algumas amostras, em outros estudos, já foram encontrados bisfenol, drogas ilícitas emistura com leite de vaca e água para aumentar o volume”, diz o médico.

A prática já é comum nos Estados Unidos, e atualmente a preocupação é para que ela não chegue ao Brasil. Moises afirma que a solução prática seria a participação dos profissionais da saúde para que as mães se sintam confortáveis e seguras para dizer quando não tiverem acesso ao leite.

“As informações sobre possibilidades mais saudáveis e seguras nesses casos podem ser transmitidas em consultas com os pediatras, bem como uma forma correta e recomendada de coleta, armazenamento e reaproveitamento do leite materno, sempre lembrando que, no Brasil, a amamentação cruzada é proibida por lei. O leite materno testado e tratado de forma apropriada nos bancos de leite é a segunda melhor opção na alimentação infantil, ‘perdendo’, apenas, para o leite da própria mãe”, alerta o médico.
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