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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Mesmo com o frio, cuiabania lota os salões da AML para homenagear Rubens de Mendonça

Foto: Stéfanie Medeiros

Mesmo com o frio, cuiabania lota os salões da AML para homenagear Rubens de Mendonça
O centro de Cuiabá muda durante a noite. Com o frio e a garoa, as ruas refletem a luz dos postes. O único sinal de movimento é uma pessoa ou outra atravessando a rua e desaparecendo em alguma esquina. Mas na Rua Barão de Melgaço, na casa onde um dia morou o barão de mesmo nome, o cenário era bem diferente.

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Pessoas vestidas elegantemente, seja pelo frio ou por serem assim naturalmente, entravam nos salões para comemorar o centenário de Rubens de Mendonça, que na verdade acontece em 2015. Mas nesta quinta-feira (25), a cuiabania reunia-se para começar a temporada de festas em homenagem ao ícone cuiabano.

A casa tinha um ar solene, mais sério do que costuma ter. Mesas estavam espalhadas pelo salão e pelo pátio externo, que estava coberto com tendas por conta da chuva. Na mesa de honra, autoridades e membros da Academia Mato-Grossense de Letras preparavam-se para a missão de falar sobre o grande intelectual que foi Rubens de Mendonça.



“Este prolífico pensador faz com que nós tenhamos orgulho de homenageá-lo. Rubens de Mendonça era o caminho e o caminhante. Se fosse música, seria a orquestra inteira. Era um humanista, curioso, libertário, angustiado com o próprio tempo e pesquisador assíduo do passado”, disse o presidente da AML, Eduardo Mahon, abrindo os discursos.

Rubens de Mendonça já publicou 38 livros em vida, embora vários originais ainda estejam guardados para futura publicação. No acervo conjunto da Academia de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT), toda sua obra, bem como a de seu pai, foram digitalizadas pela imortal Elizabeth Madureira.

Mas apesar da sua grande produção, Rubens não se escondia por trás dos “muros da intelectualidade”. Era o “Rubinho” da família, aquele que compartilhava o saber, emprestava livros e não retinha cultura, mas espalhava-a. Seu humor era o símbolo de sua inteligência e reflexo de sua personalidade generosa.



“Fico com o coração enternecido ao ver a casa cheia para homenagear papai, trabalhador incansável, que nos encheu de poesia, beleza e alegria. Hoje, nosso amigo Cidalino Carrara falou do aspecto jornalista de papai, mas nos próximos saraus vamos abordar todas as suas outras facetas. Também queria agradecer a todos os que vieram homenagear Rubens de Mendonça, mesmo com todo este frio!”, disse Adélia Badre Mendonça de Deus, filha única de Rubens de Mendonça.

O sarau desta quinta-feira (25) abordou o aspecto jornalista de Rubens de Mendonça. Até julho de 2015, mais cinco eventos serão realizados, cada um celebrando um lado diferente de Rubens de Mendonça. Confira as datas:

25 de setembro de 2014: Sarau para falar do Rubens “historiador”. Festa na AML.

27 de novembro de 2014: Sarau para abordar o lado literato de Rubens. Festa no Palácio da Instrução.

26 de fevereiro de 2015: Festa para celebrar “O sátiro”. Será na AML.

24 de abril de 2015: Sarau para falar sobre Rubens de Mendonça “pai”. Festa na AML.

27 de julho de 2015: Data oficial do centenário de Rubens de Mendonça, com celebração no teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O tema deste último sarau será “o memorialista”.

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