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Músico lança nova vertente do rasqueado com harmonias do jazz e bossa nova em CD autoral

03 Abr 2014 - 11:00

Especial para o Olhar Conceito - Marianna Marimon

Foto: Marianna Marimon

Músico lança nova vertente do rasqueado com harmonias do jazz e bossa nova em CD autoral
“A minha memória mais antiga é com a música, quando minha mãe me colocava para dormir ao som de Chico e Vinícius”, relembra Henrique Maluf, que desde o início de sua vida possui uma relação intrínseca com a música. Suas influências começaram ali na infância em que escutava de tudo um pouco. Como ouvinte pode apreciar bossa nova, chorinho, samba, jazz, e também vertentes como chamamé, polca paraguaia e rasqueado. Agora, com um amplo repertório musical, com suas próprias composições e concepções sobre a música, Henrique Maluf trabalha para finalizar o seu primeiro CD autoral e também para apresentar um novo estilo de rasqueado que irá manter o mesmo ritmo, mas com harmonias do jazz e da bossa nova.

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Henrique sabe que será um caminho tortuoso para apresentar este novo projeto musical, que traz uma versão mais refinada do rasqueado, “sem desmerecer os grandes mestres”, afirma o músico. A vontade de criar algo novo surge assim como o seu próprio histórico, que recebeu diversas influências devido ao repertório eclético que teve por atuar para diferentes públicos e locais.

Aos 11 anos, Henrique teve sua primeira experiência musical, ao ser convidado para ingressar em um grupo de pagode na escola, e aí surgiu o seu primeiro contato com instrumentos, o violão e a guitarra. E aos 14 anos realizou sua primeira apresentação no bar Tom Brasil em Cáceres. De lá para cá, Henrique nunca mais saiu da noite.

Então, a experiência musical se tornou mais ampla ao montar uma banda em Cáceres com vários gostos diferentes. “Éramos muito ecléticos e tocávamos desde o pop rock, metal, samba, bossa nova, forró, e até a música nordestina”, contou o músico que também tocava com a banda na Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em Cáceres.

O músico considera ser esta a sua grande escola, pois era preciso tocar de tudo. Em 2006, veio para Cuiabá para estudar administração de empresas, depois passou para o curso de História e ao tentar outras vias, acabou ingressando no curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). “Eu não tinha esta visão de que poderia me profissionalizar na música, eu sempre tocava, mas não tinha percebido que poderia viver disso, ser um trabalho como qualquer outro”, ressaltou.

Mas, foi através das apresentações em Cáceres que Henrique conseguiu investir em equipamentos musicais, e depois com a maturidade conseguiu ver que o caminho não tinha volta: a música é o seu expoente. “Comecei a ganhar espaço em Cuiabá e também no interior, me apresentava sempre em Chapada dos Guimarães, Rondonópolis e Cáceres. A universidade de música abriu leques com o contato com outros músicos”, disse.

O ano de 2010 foi essencial para uma guinada na carreira musical de Henrique Maluf, quando foi em turnê para a Europa com o Grupo Chalana, cantando e tocando violão com rasqueado, samba, forró, gauchês e música amazônica, apresentou-se na França e na Espanha. “O Grupo Chalana possui um conceito de projeção folclórica e pude ver várias culturas do mundo nesse festival”, adiantou.

A turnê deu um ‘boom’ em sua carreira, que foi impulsionada com mais viagens e apresentações. Com outros olhos, Henrique retornou também à Música Popular Brasileira, como Milton Nascimento e Djavan. Depois de 10 anos, empregou novas roupagens ao repertório inicial, já que em Cuiabá seu foco ficou por conta do samba e do chorinho.

A segunda turnê com o Grupo Chalana foi em 2013 e Henrique Maluf rodou pela Europa como o diretor musical, mas também cantando e tocando. Ao retornar, foi convidado pelo músico Guapo para tocar em sua banda.

Mas, Henrique não deixa de perseguir sua vocação e para melhorar seu desempenho e sua técnica, começou a estudar canto no coral. Na cartola possui projetos ousados como o CD que já trabalha, e será intitulado “Henrique Maluf - Cheiro de Mato”, com suas próprias composições e de amigos.



No entanto, o que pretende revolucionar o cenário musical é uma nova vertente do rasqueado, mais sofisticada com o mesmo ritmo, mas com harmonia do jazz e da bossa nova. “É o ritmo do rasqueado, mas é mais envolvente e moderno, e com essa pegada da world music, em que todos estão com uma linguagem moderna e ao mesmo tempo regionalizada, com licença a todos os mestres do rasqueado, é uma revolução na música regional”, garante Henrique.

Ao seu lado nessa revolução musical estão Joelson Conceição e Rocco Martins, cuja composição é deste último e já apostam no lançamento da canção “A lenda da índia das lágrimas de ouro (Caminho de Erecê)”.
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