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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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O samba é a cara do Carnaval e do Brasil: Conheça as 10 curiosidades sobre o estilo musical

Foto: Reprodução

O samba é a cara do Carnaval e do Brasil: Conheça as 10 curiosidades sobre o estilo musical
O samba é um dos propulsores do carnaval brasileiro. É o retrato do Brasil: muita alegria, batuque, e claro, nasceu nas camadas pobres, mas ganhou o país e o mundo, e hoje se tornou música de primeira hora para demonstrar como é a nossa cultura. Nascido nos morros cariocas, o samba passou por diversas roupagens para chegar até os dias atuais, mas nem por isso ficou de lado, o estilo musical incorpora várias formas e promete surpreender sempre. Samba é a cara do Carnaval, que é a cara do Brasil. Quer saber mais? Confira 10 curiosidades sobre o gênero musical mais brasileiro.

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1. Foi na Rua Visconde de Itaúna, próximo à Praça Onze, que nasceu o samba. Uma roda de amigos improvisava versos na casa de uma das moradoras do morro, a tia Ciata (Hilária Batista de Almeida).

2. Em 6 de agosto de 1916, o grupo criou o samba carnavalesco O Roceiro, que caiu no gosto do povo. Donga, um dos participantes, resolveu registrar a canção em seu nome, com o título de Pelo telefone. Quando ela foi gravada, em 1917, os outros integrantes do grupo - Germano Lopes da Silva, Hilário Jovino Ferreira, João da Mata, Sinhô e tia Ciata - reivindicaram direitos pela composição. Donga contestou essa versão.

3. O nome "samba" vem de uma língua africana chamada banto, falada em Angola. Há duas versões para sua origem: ou ele deriva do termo semba (bater umbigo com umbigo), ou é uma junção de sam (pagar) e de ba (receber). Nas antigas rodas de escravos se praticava a umbigada, dança em que dois participantes davam bordoadas um no baixo-ventre do outro.

4. A palavra samba foi utilizada pela primeira vez em 1838, pelo frei Miguel do Sacramento Lopes da Gama. O nome apareceu em uma quadrinha publicada na revista pernambucana "Carapuceiro". Na ocasião, o termo foi usado para distinguir um dos tipos de música introduzidos pelos escravos africanos - ainda não era o samba que conhecemos hoje.

5. Na década de 1920, o samba começou a se firmar no mercado cultural do Rio de Janeiro. Surgiam as primeiras indústrias nacionais de discos, e os bailes carnavalescos estavam em alta. Os compositores Sinhô e Caninha foram os primeiros a entrar na cena.

6. Em 1930, surgem Noel Rosa e Ary Barroso, que levam o ritmo popular às classes médias. É também nessa época que são criadas variações do samba como samba-canção, samba-choro, samba de breque e samba-enredo.

7. Com o advento da globalização, elementos norte-americanos são aos poucos inseridos na cultura brasileira. Um dos resultados disso é o surgimento da bossa-nova, que mistura samba com jazz e blues. Destacam-se Tom Jobim e João Gilberto.

8. O samba rural designa um conjunto de sambas que eram praticados no interior do Estado de São Paulo e em sua capital. Foi uma invenção dos negros escravos e ex-escravos, que costumavam executá-lo durante as romarias feitas em devoção a São Benedito e outros padroeiros. Reunidos nos barracões, onde se alojavam, eles promoviam disputas de improviso musical entre pessoas de cidades diferentes ao som de uma espécie de zabumba e de outros instrumentos de percussão. As letras falavam de coisas do dia-a-dia, e continham dois ou quatro versos, que eram repetidos até que alguém entendesse a mensagem e respondesse. Uma dança de fileira acompanhava o batuque. Homens e mulheres se dividiam, e enquanto um grupo avançava, o outro recuava.

9. Segundo alguns pesquisadores, é a influência do samba rural no samba tocado hoje nos Carnavais paulistanos que explica o fato de ele ser mais lento e cadenciado do que o carioca. A referência mais antiga ao ritmo está presente em um documento escrito em uma fazenda de Piracicaba em 1856.

10. Na capital paulista, o samba rural se misturou ao carioca e resultou no cordão, um tipo de bloco carnavalesco. Muitas das escolas de samba de São Paulo surgiram de cordões. Entre elas estão a Camisa Verde e Branco, a Vai-Vai e a Lavapés/Liberdade, considerada a escola mais antiga ainda em atividade. Os cordões desapareceram na década de 1960, quando os desfiles das escolas foram oficializados segundo os moldes do Carnaval do Rio de Janeiro.
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