Desde que voltou “com tudo”, a Academia Mato-Grossense de Letras (AML) trabalha para dialogar com as novas gerações e agregar para sua história as expressões artísticas do século XXI. Pensando nisto, os prédios tombados como patrimônio histórico continuam preservados, mas os paredões da construção de trás ganham a partir desta quarta-feira (21) novo valor e significado.

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Isto porque, antes com a pintura descascada e de cor neutra, o prédio será preenchido com uma “chuva de letras”, um dos maiores projetos de atualmente dos grafiteiros Babu Seteoito e Amarelo. “Nós escolhemos o Babu e o Amarelo porque o trabalho é reconhecido por muitos e a qualidade é excelente”, disse o presidente da AML, Eduardo Mahon.

Mas, mais que a qualidade, o que realmente chama atenção é a nova forma de expressão artística que agora passa a fazer parte da academia: O grafite. Antes marginalizado, o grafite ainda sofre de preconceito em diversos lugares, mas é reconhecido internacionalmente como forma de arte legítima.

“É um diálogo com o pós-moderno, pois a casa mantém a tradição, mas começa a agregar outras formas de ‘letras’, outras linguagens e expressões. Um jovem que anda por estes quintais e salões vai ver muito do século XXVIII, mas também vai ver o tempo dele. Esse jovem vai poder dizer: ‘estou em casa aqui’”, explicou Mahon.

Como os grafiteiros Babu e Amarelo está trabalhando em sua obra dos paredões da AML sozinho, é algo que vai levar tempo. Aos poucos, no entanto, será possível visualizar a grandiosidade do projeto.