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Móveis usados

Pregões já não vivem tempos de “vacas gordas”, mas ainda atraem estudantes, criativos e “sustentáveis”

24 Jan 2014 - 12:05

Especial para o Olhar Conceito - Thalita Araújo

Foto: Thalita Araújo

Pregões já não vivem tempos de “vacas gordas”, mas ainda atraem estudantes, criativos e “sustentáveis”
Antigamente, eles já foram muito procurados. Já viveram tempos de melhores lucros. Hoje, os pregões - como são chamadas as lojas de móveis usados – não vivem seu auge, mas ainda atraem públicos específicos, como estudantes, pessoas criativas que adoram transformar peças e “sustentáveis”, que procuram reaproveitar ao invés de comprar algo novo.

Um dos logradouros que mais reúne pregões em Cuiabá é a Avenida Carmindo de Campos. Lá, há 20 anos o Sr. Otávio Tomba Neto tem sua loja. “Esse já foi um ramo excelente há 10 anos. Naquela época, havia poucas lojas e as pessoas vinham mais atrás”, conta.

Ele diz que seu filho fez uma espécie de mapeamento da concorrência e levantou a existência de pelo menos 90 pregões entre Cuiabá e Várzea Grande. Mas, apesar das lamentações e comparações com o passado, o Sr. Otávio diz que os produtos giram bem. Tem sempre algo saindo e algo chegando.

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Ele também comenta que hoje em dia a facilidade para comprar móveis novos é imensa. Qualquer pessoa pode ir a uma dessas grandes lojas e comprar coisas a prazo e dividir em muitas parcelas.

Alessandro Brito, funcionário de outro pregão na mesma avenida, diz que alem de estudantes – que procuram tudo para montar suas novas moradias, como geladeira, ar-condicionado e fogão – muitas pessoas visitam a loja procurando peças mais antigas, para reformar e dar um toque original a ambientes.

A empresária Fátima Rezzieri é frequentadora assídua de pregões. Apaixonada por decoração, antiguidades e cheia de criatividade, ela é uma dessas pessoas que estão sempre enxergando algo mais em uma mesinha velha, um armário de décadas passadas e outras peças. Ela diz que sempre "garimpa" coisas interessantes pelos pregões da cidade e dá seus toques pessoais, pintando, lixando e deixando o móvel cheio de personalidade.

A atividade pode não estar vivendo seus dias de glória, como reclama o Sr. Otávio, mas ainda é uma boa saída para economizar na montagem de uma casa (ainda mais quando é provisória) e economizar outros recursos além dos financeiros, promovendo a “reciclagem” de peças, o que costuma ser uma atitude cheia de criatividade e sustentabilidade.
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