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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Premiado fotógrado norte-americano está no Pantanal para retratar áreas de risco ecológico

Foto: Reprodução / Mustafah Abdulaziz

Premiado fotógrado norte-americano está no Pantanal para retratar áreas de risco ecológico
O fotógrafo norte-americano Mustafah Abdulaziz, eleito ‘uma das melhores promessas da fotografia’ pela revista Photo District News (PDN) está no Pantanal Mato-Grossense nesta semana para registrar os prejuízos ambientais das ‘Cabeceiras do Pantanal’. Suas fotos serão exibidas entre março e maio de 2016 em Londres, na Inglaterra, durante a exposição fotográfica “Water Stories”, organizada pelo WWF do Reino Unido com o apoio da iniciativa HSBC pela Água.

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O trabalho de Mustafah faz parte do Programa Água para Vida, da WWF-Brasil, que desde 2012 trabalha para a conservação de rios e nascentes da ‘Cabeceiras’. Esta área do Pantanal é onde nascem 30% das águas que alimentam a planície e a biodiversidade pantaneira, além de garantir o abastecimento de municípios onde vivem e trabalham ao menos três milhões de pessoas.

Durante o tempo que ficará aqui, o fotógrafo vai registrar os 25 municípios, mais de 700 quilômetros de rios e a recuperação de pelo menos 50 nascentes. Desde 2011, Abdulaziz trabalha em seu projeto “Water” e percorre o planeta para retratar imagens relacionadas à conservação da água, sua importância para os seres humanos e situações de crise hídrica.

“Retratar o Brasil neste momento é muito importante porque temos de um lado São Paulo que está enfrentando a pior crise de escassez de água de sua história e, por outro um estado que tem água em abundância como o Mato Grosso, mas que se não começar a cuidar de seus rios e nascentes poderá sofrer crises hídricas no futuro próximo”, diz Abdulaziz. “Essa exposição fotográfica vai servir como alerta para que todos entendam a necessidade de cuidar das águas mesmo que aparentemente elas sejam fartas”, completa.

A iniciativa

Em 2012, a WWF idealizou o projeto, a partir de um estudo que mostrou que a área das Cabeceiras estava em alto risco ecológico. A partir daí, foi feita uma aliança entre o setor público (governo), privado (empresas) e a sociedade civil para que cada instituição implemente em seu município pelo menos três ações que preservem as nascentes e os rios.

Os municípios atingidos pelas Cabeceiras do Pantanal são: Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Santo Afonso, São José dos Quatro Marcos, Salto do Céu e Tangará da Serra.

Os prefeitos de vinte municípios e o governo de Mato Grosso, aderiram ao pacto e alguns resultados já foram alcançados. Dentre eles, a instalação de 40 biofossas na zona rural da área abrangida pelos 25 municípios, evitando que dejetos humanos cheguem aos rios.

Além disso, Tangará da Serra e Mirassol d’Oeste foram selecionadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) para receber recursos para a implantação de projetos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), por meio do Programa Produtor de Água. Desta forma, os produtores serão remunerados financeiramente pela proteção das nascentes e dos recursos hídricos locais, pela conservação das matas ciliares e pela implementação de boas práticas agropecuárias e do manejo do uso do solo.
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