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Domingo, 28 de abril de 2024

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"Se os homens fazem nós fazemos ainda melhor": Valesca Popozuda mostrou para a Musiva o poder da mulher funkeira

Foto: Stéfanie Medeiros / Olhar Conceito

Com um roupão preto e o símbolo da playboy bordado, ela espera no camarim para falar com a imprensa. Valesca Popozuda chegou à Musiva pouco depois da meia noite de sexta (12) e junto com seus “popodancers” aguardava o início do show com todos os preparativos. O corre-corre tinha motivo, em poucas horas ela estaria no palco cantando mais uma vez para Cuiabá. 

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“Sempre dá um frio na barriga, mas eu já toquei em Cuiabá e sei que o público daqui adora nosso funk”, comenta ela na entrevista que antecede sua apresentação. Não há nervosismo ou receio em sua fala, pois ela sabe o sucesso que se tornou.

Ao falar sobre sua trajetória, Valesca é firme em dizer que é a mesma desde o começo de sua carreira. “Não mudou nada entre a Gaiola e a carreira solo, só o nome” e, ao olhar para o lado, onde estão dois dançarinos sentados juntos em uma poltrona, completa: “E meus popodancers, claro!”.

O sucesso de “Beijinho no Ombro” fez a funkeira sair da área das sub-celebridades para participar de casamentos e formaturas de classes altíssimas. Suas músicas, separadas entre as mais comerciais e as “probidonas”, atingem hoje um público extremamente misto e heterogêneo. Ela não se importa. “Eu acho que a mudança das minhas letras aconteceu junto com a trajetória do funk, que vem se glamourizando também”, fala.

Apesar de cantar, hoje, para pessoas com maior poder aquisitivo (os ingressos na Musiva, por exemplo, podiam chegar a R$200 por pessoa), Valesca é incisiva ao afirmar que passa a mensagem da periferia: “Eu canto a realidade da comunidade, eu canto o que acontece lá”.

Defender e mostrar para o mundo a realidade da periferia não é sua única bandeira. Valesca, que afirma ser feminista e, por isso, defende o direito da mulher “fazer o que quiser e falar sobre o que quiser” enxerga o aumento do número de funkeiras como algo bom: “Nós estamos aqui para mostrar que se o homem pode fazer, nós também podemos e faremos ainda melhor”.

O Show


Dentro da casa de shows o clima esquentou por volta de 00:30. O Dj tubarão começou seu set à uma da manhã, e tocou desde funks conhecidos até os que estão estourando no Rio de Janeiro no momento. As letras, que falavam de sexo explícito, e a batida envolvente levou o público ao clima necessário para receber a Popozuda.

E então ela entrou. Sem fazer cerimônia, começou com um funk “proibidão” e declarou no microfone: “Hoje eu estou me sentindo uma puta cuiabana”. A pista, a área vip e o camarote entenderam a que ela vinha, e aceitaram de braços abertos.

O clima não caiu até o final do show. As luzes da musiva, acompanhadas das projeções do show transformaram o local em um baile funk nato. Durante a música “traz a bebida que pisca” a cantora jogou pisca-pisca para o público e pediu que as luzes fossem apagadas. A única fonte de iluminação, então, piscavam e vinham de baixo para cima.

Mas não foi só funk que Valesca cantou. Ela passou pelo sertanejo com “Fui fiel” e “Vai no cavalinho”, pelo universo infantil com “Ilariê” e pelo axé com “Lepo Lepo”. Seus sucessos não ficaram de fora. “Mama”, “Beijinho no Ombro” e “Eu sou a diva que você quer copiar” foram acompanhados pelas pessoas presentes na musiva, que não perdiam sequer um verso.

O show acabou por volta das quatro horas da manhã, e um DJ continuou tocando para os sobreviventes. Quem foi para casa teve a certeza, pelo menos, de que Valesca Popozuda não sobe ao palco por brincadeira. 

Próximos eventos

Confira a programação da Musiva para os próximos dias: 

Domingo (14): Stand Up Mais que Dilmais

Sábado (20): Jota Quest

Sexta (17): Péricles






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