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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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exposição em são paulo

Série de fotos Meus Quartos provoca o voyeurismo em autorretratos de nudez de brasileira

Foto: Reprodução

Série de fotos Meus Quartos provoca o voyeurismo em autorretratos de nudez de brasileira
Fetiche: são tabus e polêmicos. Mas mesmo que em segredo, cada um tem o seu. E foi para atender um fetiche do namorado que surgiu a ideia da série “Meus Quartos” assinada pela performer, atriz e fotógrafa, Tathy Yazigi, e que estará em exposição gratuita em São Paulo, no Estúdio Lâmina a partir de 1º de fevereiro. A série coloca o público num lugar de voyeur, alguém que espia pelo buraco da fechadura o que uma mulher faz sozinha em seu quarto e com isso, retratar a nudez com naturalidade.

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A série apresenta 32 autorretratos de Tathy nua, pelos quartos e casas que visitou pelo mundo. Turquia, Tailândia, Los Angeles, Santa Cruz, São Francisco, Nova Iorque, Cuba, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo foram alguns dos cenários escolhidos pela artista.

Tathy explica que a escolha das poses e o ângulo da câmera foi bem calculado para dar a impressão de estar espiando a imagem. “As pessoas tem curiosidade de saber o que uma mulher nua faz sozinha no quarto. Além de provocar, o intuito é mostrar a nudez como forma de liberdade e retratar a solidão do ser humano”, contou.



“Meus quartos” também é uma forma de contar e mostrar os lugares por onde passou com uma visão muito particular, diferente e inovadora.“O grande diferencial é tornar pública minha solitude e fazer com que o público se identifique. Escancarar e dividir minha intimidade com o público de maneira suave e poética”, diz.

O modo de apresentar e expor seus autorretratos também é provocativo, pois coloca o espectador na posição de voyeur, já que todas suas fotografias foram pensadas para serem apresentadas em caixas compartimentadas onde somente é possível visualizar suas fotos através de um pequeno orifício.

Para Tathy, a escolha da galeria que hospedará a série, foi indispensável para atingir o objetivo desejado com o público. “A galeria é um apartamento. O caminho que se faz até chegar na exposição é perfeito para a sensação que quero causar no público. Eles serão conduzidos por um elevador antigo que os levará até um dos quartos onde terão acesso às fotos, ou seja, a experiência voyeurística começa desde que chegamos ao local”, enfatiza.



“Eu desafio o público a contemplar imagens de um corpo nu de uma maneira não erótica, mas geométrica, estética e rara. E de forma interativa, quando proponho uma distância tão pequena entre observador e fotografia”, conclui.

Sobre Tathy Yazigi: 29 anos, brasileira e paulista. Bailarina desde os 7 anos, atriz e fotógrafa. Bacharel em artes cênicas, pela Universidade Anhembi Morumbi e formada pela Escola de Arte Dramática (EAD – ECA – USP), criou em parceria com duas atrizes e a especialista em estudos vocais, Monica Montenegro, o grupo de pesquisa e aprofundamento na voz: da criação de texturas sonoras, percursos sonoros ao uso da palavra como objeto e criações cênicas à partir da voz. Desde os dezesseis anos, se dedica a fotografia, expondo seu trabalho em diversos lugares do mundo, como por exemplo: New York Photo Festival, Dumbo, NY, em 2011, See.Me NYC Gallery em 2013.
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