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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Águas milagrosas, passeio no Rio Paraguai, café e almoço caipira são os atrativos que aguardam turistas em Cáceres

Foto: Chico Valdiner/Gcom-MT

Águas milagrosas, passeio no Rio Paraguai, café e almoço caipira são os atrativos que aguardam turistas em Cáceres
Conhecer Mato Grosso é desbravar um território em seu estado quase que natural, onde a natureza é protagonista. Na última sexta (18), a reportagem do Olhar Conceito partiu da capital Cuiabá para descobrir os encantos do município ‘portal do pantanal’. Cerca de 214 km é o que separa a capital do Estado da cidade de Cáceres, onde se encontram vários atrativos turísticos, como Dolina Água Milagrosa e o Rio Paraguai.

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Fazenda Jacobina

Para alguns um lugar assombrado pelo passado, para outros a parada certa para um belo café da manhã e almoço de fazenda. No cardápio, o peixe e o pernil de porco a pururuca não faltam a mesa da Fazenda Jacobina. Hoje as margens da BR-070, mas houve um tempo em que a estrada que levava a Cáceres cortava a propriedade, que data de 1769. Uma fazenda que utilizou mão de obra escrava para atingir seu ápice produtivo por volta de 1897.

O proprietário, Seu Sebastião Natalino, conta que pela Fazenda passaram personagens ilustres como Marechal Rondon e o líder revolucionário Francisco Sabino, pessoa a frente da revolta bahiana conhecida como ‘Sabinada’, que faleceu na Jacobina de malária em 1846.

Foto: Edson Rodrigues

Casarão da Fazenda Jacobina, em Cáceres.

O motorista Irinei, lembra de quando a estrada para Cáceres passava na frente do casarão. “As pessoas diziam que escutavam gemidos e gritos vindos do casarão, por conta da senzala dos escravos ter sido ali”.

Seu Sebastião conta que encontrou 80 famílias de escravos registradas em documento, que se encontra na paróquia de Cuiabá.

A Fazenda Jacobina é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e encontra-se a cerca de 150 km de Cuiabá. Funciona aos domingos e feriados, visitas durante a semana precisam ser agendadas. Mais informações pelo telefone (65) 3223-4683 (Adriano).

Dolina Água Milagrosa

Chegar até o local que dizem ser “mágico” pode não ser tão fácil. Distante 18 km de Cáceres pela MT-341, sentido Barra do Bugres, está à fazenda onde a Dolina se encontra. A sombra do Morro do Quilombo, o proprietário Seu Lauriano Castrilon é quem recebe os visitantes, que podem optar por permanecer no local apenas para visita de um dia ou mais, já que na propriedade existem 4 apartamentos, com capacidade máxima para 4 pessoas cada.

A trilha que leva até a água milagrosa tem aproximadamente 850 metros, ladeada pela vegetação local. Uma subida íngreme anuncia a chegada ao topo do morro. Lá de cima, o verde azulado da água já pode ser visto entre as árvores, bem como os pouco mais de 150 degraus da escada de madeira, que leva até o nível da água.

Foto: Mayara Oliveira

Dolina Milagrosa, em Cáceres.

Acima, o alto paredão de uma caverna de rocha acinzentada, onde se pode enxergar grandes árvores no limite da curvatura que forma a cavidade. Abaixo, um abismo ainda maior e inexplorado, que mergulhadores profissionais alegam ter chegado aos 180 metros de profundidade sem alcançar o fundo.

Quanto ao mito da água ser milagrosa, a história vem do tempo dos escravos, que ao chegarem ao local machucados, depois da fuga, se banhavam e tinhas as feridas curadas. Já a cor da água é determinada pela luminosidade do dia e época do ano, hora azul, hora verde. O que não se tem dúvidas é da certeza de estar em um lugar de natureza única.

Os visitantes podem entrar na água equipados com coletes. Flutuação e mergulho de cilindro são as atividades para se fazer na água, além da observação do local.

O day use do local, que inclui a visita a Dolina, equipamento para flutuação e almoço caipira custa R$65 por pessoa. Se o turista optar por apenas fazer a visita, sem entrar na água o valor é de R$10 por pessoa, enquanto que a visitação e flutuação, sem almoço, sai por R$40 por pessoa. Aqueles que desejarem pernoitar na fazenda, o valor de R$180 é cobrado por pessoa com tudo incluso. A visita deve ser agendada através do contato (65)9613-4308 (Aparecida).

Rio Paraguai

A vista em pleno rio é deslumbrante. Árvores e céu que refletem nas águas do Paraguai são o plano de fundo dos voos das garças do pantanal.

Foto: Naiara Leonor/ Olhar Conceito

Entardecer no Rio Paraguai, em Cáceres.

O passeio pelo Rio Paraguai pode ser feito em embarcações que comportam 18 pessoas, em lanchas menores com 10 pessoas e também nos chamados barco hotéis, onde se pode pernoitar no rio.

O exemplar Cruzeiro do Pantanal, por exemplo, possui 12 suítes, totalizando 24 leitos. A bordo do barco, a diária inclui todas as refeições e bebidas. Passeios pelo rio, paradas para banho e foto estão inclusos no pacote. A reserva é feita para grupo mínimo de 12 pessoas, sendo o pacote de 4 dias a bordo R$2.700,00 por pessoa.

Associação Pantaneira dos Artesãos de Cáceres (Apac)

Fundada em 2006 por um grupo de artesãos locais, a Associação é responsável pela preservação e disseminação da cultura cacerense em diversos eventos regionais, nacionais e internacionais. Os grupos de siriri e cururu, ‘Tradição’ e ‘Igarapé’, são exemplos de preservação cultural, tendo o primeiro 22 anos desde sua fundação, com integrantes de 10 a 70 anos, enquanto o segundo é mais novo, com apenas 14 anos.

Eco Pousada Sinimbu

Localizada a cerca de 1,5 km do centro de Cáceres, a Eco Pousada Sinimbu traz o pantanal no nome e também na ambientação. Banhada por um braço do Rio Paraguai, as águas da Baía do Malheiro preenchem boa parte da propriedade. A sede foi transformada em pousada pelo novo proprietário, Fransérgio Rojas Piovesan. “Compramos a casa de uma família de alemães, inicialmente tivemos a ideia de morar aqui, mas depois decidimos modificar o prédio para ser uma pousada, então construímos banheiros em todos os quartos”.

São seis suítes, totalizando 18 leitos, com valores de R$150 single e R$220 o casal, com café da manhã. Todos os quartos possuem TV a cabo, internet, frigobar e ar condicionado. A pousada possui parceria com empresas que oferecem guia e passeios pela região.

Foto: Naiara Leonor/ Olhar Conceito

Vista da varanda da Eco Pousada Sinimbu, em Cáceres.

Na área comum, uma varanda com redes em toda a extensão da casa, dá vista para a Baía alagada. Para os que quiserem explorar a propriedade, uma ponte de madeira leva os visitantes a um passeio em meio à fauna e flora local. Mais informações pelo site AQUI.

Estrada Transpantanal de Cáceres

São 130 km de estrada que dá acesso as 40 fazendas da região, sendo que três delas começaram a oferecer atividades para turistas, como observação de animais silvestres e passeio a cavalo. Ao longo da estrada, os mais pacientes e atentos podem observar veados, garças, jacarés e uma infinidade de pássaros.

Foto: Edson Rodrigues

Fauna da Transpantanal de Cáceres.

*A reportagem viajou à Cáceres a convite da Secretaria Adjunta de Turismo do Estado de Mato Grosso. 
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