A inauguração de uma nova unidade da Frutaria Marília na nova Orla do Porto deu uma reviravolta na vida de Simão de Oliveira, 50. O proprietário, que está à frente da empresa desde 1997, viu o negócio "bombar" e o número de clientes crescer mais de 100% depois que foi para a beira do rio.

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Se no Poção - onde a Frutaria nasceu em 1982 e funciona das 6h30 às 22h - ele atende cerca de 250 pessoas por dia, na Orla (onde ele abre somente das 16h às 23h) esse número subiu para 600 por dia. “Eu sempre acreditei nesse lugar, mesmo antes da reforma, por ser uma região muito boa, um lugar muito conhecido”, contou Simão ao Olhar Conceito.

A história da Frutaria começou com a vinda de um casal, que vivia em Marília (cidade do interior a 436km de São Paulo) para Cuiabá. Os dois abriram a empresa em 1982, mas em 1997 um deles faleceu, e o outro voltou para a cidade natal. Simão, que na época trabalhava em outra empresa, ficou sabendo da venda e decidiu investir.

No cardápio, são mais de cem opções de sucos, com misturas de sorvete, água de coco, laranja, leite ou água, além de vitaminas, açaís, sanduíches naturais, sanduíches de mortadela e salgados.

Os pasteis também são carros-chefe, com recheios como bacalhau, frango com queijo, ou carne com banana (além dos pasteis doces). Para o proprietário, o diferencial é a qualidade. Todos os sucos e vitaminas são feitos com a fruta (exceto em casos de falta do produto, quando são utilizadas polpas exclusivas).


Simão de Oliveira (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Adequação

Como a unidade da Frutaria que fica no Porto foi inaugurada no meio das férias, Simão explica que o movimento está maior do que o normal. “Acabou de inaugurar, e está no meio das férias, então vem muita gente. Às vezes as pessoas vêm e falam que está demorando muito, mas é porque estamos nos adequando ainda”, explica.

Neste período de adaptação, o proprietário não consegue, por exemplo, abrir a frutaria em período integral. Atualmente, são dezoito funcionários trabalhando somente das 16h às 23h, com trinta e duas mesas, mas o objetivo é oferecer 160 lugares e empregar trinta pessoas. Além disso, no entanto, não é possível crescer, pois o lote foi comprado em licitação da Prefeitura.

As licitações para bares e restaurantes na Orla do Porto foram abertas no meio de 2016 para cinco empreendimentos. Segundo Simão, logo no início ele se inscreveu, mas não foi aceito. “Faltou alguma documentação e não deu certo. Mas depois estava sobrando uma vaga, e eu tentei novamente e deu certo”, lembra.

Na inauguração, dia 22 de dezembro, somente ele e o ‘Jacá Pier Bar’ já estavam funcionando. Atualmente, outros três empreendimentos estão em construção. Apesar de não estar com tudo entregue, Simão comemora. “Demorei três meses para terminar a construção, e todos os dias o Mauro Mendes estava aqui vistoriando. Ele estava empenhado em terminar, queria fazer tudo, mas não deu tempo”, afirma.

Enquanto os vizinhos não abrem e a novidade e as férias não passam, Simão aproveita o movimento para abater seu investimento, que foi de cerca de R$600 mil. No entanto, ele está esperançoso. “Como eu disse, sempre acreditei nesse lugar. A gente sabe que o movimento vai cair um pouco e já contava com isso, mas mesmo assim acho que será grande”, finaliza.