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Sábado, 20 de abril de 2024

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Dia Internacional da Síndrome de Down

Educação Inclusiva melhora desenvolvimento intelectual e social de aluno com Síndrome de Down

Foto: Reprodução / Ilustração

Educação Inclusiva melhora desenvolvimento intelectual e social de aluno com Síndrome de Down
O convívio dos portadores de síndromes/necessidades especiais com os demais estudantes em escolas regulares já foi comprovado como transformador no desenvolvimento de ambos. O dia a dia de um aluno com Síndrome de Down, em uma escola de Cuiabá, vem provando que o convívio com os demais colegas é fundamental para a evolução de seu aprendizado.

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Em 1990, numa conferência na Tailândia foi elaborada uma Declaração Mundial sobre Educação para Todos, que tinha como maior objetivo chamar atenção para as milhões de pessoas que não tem acesso a educação, seja por motivos geográficos, sociais, culturais e afins.

Dentre esses motivos, estão os portadores de necessidades especiais e síndromes, como a Síndrome de Down. O ser diferente, nesses casos, limita o direito à educação dessas pessoas, pela falta de condições e oportunidades educativas que satisfaçam às necessidades básicas de aprendizado delas.

Em Cuiabá, o Grupo Escolar Senador Azeredo se destaca pela inclusão de vários alunos com síndromes e deficiências em seu corpo estudantil. O coordenador pedagógico vespertino da Escola, Geander Franco de Araújo, explica sobre o dia a dia dos alunos na escola.

“Nós temos dois alunos com Síndrome de Down em nossa escola e a vida escolar deles é comum, como a dos demais. Eles não necessitam de acompanhamento especial, não temos relatos de maus tratos nem dificuldade de interação social. Pelo contrário, o que observamos é que sempre estão na companhia das demais crianças, participando das atividades”, explica Geander.

Esta “Educação Inclusiva” do Grupo Escolar de Cuiabá é uma política educacional defendida por organizações ligadas a portadores de necessidades e síndromes, que deu seu primeiro passo em território nacional em 1999, com a “matrícula compulsório de pessoas com deficiência em escolas regulares”, sendo o 'Programa de Educação Inclusiva Direito à Diversidade' implementado pelo Ministério da Educação em 2003.

O método educacional desenvolvido em sala de aula é diferenciado e requer mais atenção do professor, como diz o coordenador Geander. “O método de avaliação é diferente para eles, mais específico e direcionado, exigindo maior dedicação do professor. A professora do Emerson, por exemplo, solicita sempre cópias de atividades apenas para ele”, relata o coordenador.

Emerson está com 18 anos e cursa o 6° ano, tem Síndrome de Down e estuda na Escola Estadual Senador Azeredo, junto com as demais crianças. Sua mãe, Dona Maria Paixão de Lima, contou à reportagem do Olhar Conceito que notou avanço no aprendizado do filho. “Ele foi para a Senador Azeredo, no período da tarde, com a ajuda da professora dele da Apae, que dá aula nas duas instituições. Ele gosta de frequentar a escola e já está lendo”, conta Maria.

Além de Emerson, o Grupo Escolar Senador Azeredo possui entre seus alunos crianças com deficiência física, motora e mental, que são acompanhadas por auxiliares de turma.

A Síndrome de Down

É definida por uma alteração genética caracterizada pela presença de um terceiro cromossomo de número 21, o que também é chamado de trissomia do 21. Pessoas com a Síndrome apresentam funcionamento intelectual inferior à média, que se manifesta antes dos 18 anos. Além do déficit cognitivo e da dificuldade de comunicação, a pessoa com Síndrome de Down apresenta redução do tônus muscular, cientificamente chamada de hipotonia. Também são comuns problemas na coluna, na tireoide, nos olhos e no aparelho digestivo.
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