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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Filme de mato-grossense premiado conta história de cuiabano famoso no Chile por prever terremotos

Foto: Reprodução / Da Assessoria

Filme de mato-grossense premiado conta história de cuiabano famoso no Chile por prever terremotos
A vida de um mato-grossense que é celebridade em diversos países da América do Sul foi retratada no filme ‘Sísmico’, do cineasta cuiabano Severino Neto. A obra, eu nasceu como curta-metragem após ganhar um prêmio no edital do Fundo Setorial, foi filmada no Chile e o resultado foi tão bom que o diretor decidiu fazer também um longa.

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A história é de Aroldo Maciel, técnico de laboratório de uma faculdade de Cuiabá, que há cinco anos estuda informalmente sobre terremotos. Com um método que desenvolveu, ele é capaz de provar que existem padrões sísmicos e, com base em estatísticas, consegue seguir um terremoto e prever a magnitude, localização e data aproximada.

Por este motivo, Aroldo ficou conhecido em cidades da América do Sul, como em Santiago, no Chile, onde as pessoas o param na rua para tirar fotos. A cidade de Coquimbo, ao norte do mesmo país, foi uma das que o técnico ajudou. Ela foi arrasada por um terremoto de 8.5 e um tsunami, mas como tudo foi previsto, somente seis pessoas morreram. “Claro que é uma tragédia, mas milhares de pessoas poderiam ter morrido. Isso só não ocorreu graças a Aroldo, que previu a magnitude, o local e a data”, revela Neto. Ele explica que para a ciência, prever terremotos é algo impossível. Mesmo assim, Aroldo Maciel, por meio de seus canais nas redes sociais, vem acertando diversos tremores e terremotos em todo o mundo.

Para contar a história de Aroldo, Severino passou doze dias no Chile acompanhando sua vida, e depois disso a equipe foi, ainda, para o Chile, Brasília, São Paulo e encerrou as gravações em Cuiabá. O produtor Rafael de Carvalho, que também assina a direção e a montagem do filme, diz que ficou impressionado com o que viu no Chile. “O Aroldo é uma celebridade em todo o país e eu nunca tinha ouvido falar dele em Cuiabá, mesmo sendo meu vizinho. Essa história precisa ser vista por todo mundo. Esse cara ainda vai acabar ganhando o Nobel”, afirma.

Severino é formado em Comunicação Social, com ênfase em Marketing, e pós-graduado em Cinema. Já ganhou diversos prêmios, como o Ibermídia e Bolívia Lab para desenvolvimento de roteiros, menção especial no Festival de Cinema Independente de São Paulo, Cine Mube, melhor trilha sonora, montagem, direção e fotografia no Festival de Cinema de Cáceres e melhor filme pelo voto popular no Festival de Cinema de Cuiabá (Cinemato) com o curta-metragem de ficção “3,60”.

Investindo nesse projeto, o cineasta fez uma longa pesquisa sobre a vida de Aroldo, e ainda conversou com pessoas que o seguem nas redes sociais, geólogos, sismólogos e cientistas que atestam e outros que não atestam o método do técnico mato-grossense. “A história é tão incrível que será transformada em um longa-metragem, mesmo que seja preciso tirar recurso do próprio bolso”, conclui.
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