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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Depois de viajar por cinco meses, ingleses se surpreendem com o Pantanal e comparam experiência ao safári na África

Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Elizabeth e Raj

Elizabeth e Raj

Depois de três dias de paz, aventura e ecoturismo, os ingleses Elizabeth James e Raj Shak se despediam da maior planície inundável do mundo. O pantanal mato-grossense lhes presenteara com sol, animais que nunca tinham visto antes, quatro refeições diárias de pratos típicos brasileiros e – a única parte ruim – alguns mosquitos.

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Depois de terminar a faculdade de medicina e trabalhar por cinco anos com intervalos pequenos – de até cinco dias – os noivos decidiram se aventurar por uma viagem longa na América do Sul. Em cinco meses, passaram pela Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Chile e Bolívia, chegando depois ao Brasil, onde conheceram São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, a Amazônia e – finalmente – o Mato Grosso.

O que sabiam sobre o Brasil não era muito mais do que o crucial: “Eu tinha ouvido falar que era um país muito grande, muito maior do que os da Europa. Eu também sabia que era muito multicultural... a minha impressão era de que havia muita mistura de culturas. Em Londres você tem essa mistura, mas isso não acontece em muitos países do mundo. Também sabia que as cidades eram enormes, e que o interior era muito bonito”, conta.

O Mato Grosso também não era o local que mais tinham ouvido falar do país: “O pantanal não é tão famoso quanto a Amazônia, mas nós tínhamos ouvido falar sobre ele por meio de documentários e meus pais tinham falado também. Mas eu não sabia que era inundável, por exemplo”.


Elizabeth fotografando durante um safári (Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

Os noivos se hospedaram, junto aos pais de Elizabeth, no Araras Eco Lodge, e fizeram todas as atividades que podiam para mergulhar no ecoturismo. Canoagem, cavalgada pelos alagados, trilhas secas e molhadas e safaris fizeram parte da programação: “É muito bonito, é um clima muito diferente do que estamos acostumados. (...) São formas muito diferentes de observar os animais selvagens, eu não poderia escolher uma coisa como minha preferida”, afirmou a médica, que por muitos momentos desafiou seus limites: “é interessante fazer coisas que te dão medo, coisas que você não faria se não fosse por aquela experiência”.

Para seu pai, que vive na Escócia, a experiência também foi única: “Eu acho que se você é da Europa, qualquer lugar da América do Sul que você visita é muito singular. No Reino Unido, por exemplo, eu só vejo passarinhos pequenos, não tem do tamanho destes daqui”, afirmou, depois de observar garças, gaviões e os regionais tuiuiús.

A família não é a única de fora que visita o Pantanal mato-grossense. Pelo contrário, na lista de hóspedes do Araras Eco Lodge é possível verificar que os brasileiros são a minoria. Segundo um dos guias do local, conhecido como Tchaco, já passaram por ali até mesmo uma família da Jordânia, formada pelo pai e seus onze filhos.

Para Elizabeth, a experiência em Mato Grosso se compara ao safári que já fez na África. A viajante, que na vida já passou também pela Tailândia, Camboja, Rússia e diversos outros países, agora vai até o Caribe, onde ficará por seis meses trabalhando com crianças em Trinidad. Apesar dos cinco meses de férias, ela não está satisfeita:

“Eu gostaria de viajar mais, ele [Raj – o noivo] começa a trabalhar em agosto e vai viajar ainda, mas eu tenho que trabalhar. Eu não estou pronta para voltar a trabalhar, mas preciso também ganhar dinheiro”, finaliza.
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