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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Low carb e jejum intermitente: Conheça as dietas da moda e veja comentários de nutróloga

Foto: Divulgação

Nutróloga Laryssa Moraes

Nutróloga Laryssa Moraes

Você já ouviu falar de dieta ‘low-carb’? E de dieta de jejum intermitente? No mês de janeiro, é comum ver pessoas correndo atrás do prejuízo das festas de final de ano e férias e, muitas vezes, se aventurando em regimes que não conhecem, sem acompanhamento de um profissional.

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Pensando nisso, o Olhar Conceito conversou com a nutróloga Laryssa Moraes, colunista às segundas-feiras, sobre as indicações e contra-indicações dessas dietas da moda. Primeiro, ela lembra que é imprescindível o acompanhamento de um profissional, em qualquer caso.

Low Carb



A dieta ‘low carb’, ou com baixo nível de carboidratos, consiste em restringir o consumo de alimentos que possuam este macronutriente. Segundo Laryssa, para quem faz essa dieta a quantidade recomendada de carboidratos varia de 10 a 30% de toda a alimentação diária.

“Somente pela restrição do macronutriente carboidrato já existe uma perda considerável de gordura corporal, geralmente uns 3 kg se compararmos com um dieta com maior percentual de carboidrato, segundo estudos. A dieta ainda auxilia na regulação dos picos do hormônio insulina, como dos triglicerídeos e colesterol bom”, explica a nutróloga.

Para ela, no entanto, é importante ressaltar que a individualidade bioquímica de cada paciente deve ser respeitada. Ou seja, avaliar o paciente do ponto de vista bioquímico e metabólico. “Pessoas com dados de composição corporal dentro dos limites da normalidade e com exames dentro dos parâmetros ótimos de avaliação talvez não se beneficiem [com essa dieta], porém acima do peso, com problemas de saúde já oriundos do ganho de peso e com exames alterados terão muitos benefícios (hipertensos, diabético, obesos e síndrome metabólica)”.

Dentre os benefícios, podem ser citados, por exemplo, a redução dos níveis de triglicerídeos circulantes pela diminuição da glicose. Além disso, como nestes casos se aumenta o consumo de carnes e gorduras, aumenta a fração benéfica do colesterol chamada HDL.

Laryssa explica, no entanto, que existem algumas pessoas que não devem fazer essa dieta. “Pacientes com problemas cardiovasculares importantes, insuficiência renal e demanda metabólica aumentada devem ser avaliados com maior cuidado”.

Jejum intermitente



Outra dieta em alta é o ‘jejum intermitente’. Ela consiste em ficar de algumas horas do dia sem se alimentar. “O tempo de jejum é variável, podendo ser de 12, 14, 16 e até 24 horas de jejum, dependendo do perfil de paciente e do objetivo a ser atingido. O intervalo em que a pessoa pode se alimentar é chamado de janela alimentar, e nesse período o objetivo é que o indivíduo consiga se alimentar de modo que atinja as necessidades calóricas diárias”, explica Laryssa.

Para a nutróloga, é bom lembrar que esta é uma dieta que deve ser feita em tempo limitado, e com constante avaliação de resultados pelo paciente e por um especialista. “O corpo responde inicialmente com o estímulo da insulina e oarmazenamento dos nutrientes na forma de glicogênio hepático ou gordura, contudo, após 3 horas da refeição, e nas horas que se seguem ao jejum, ocorrerá um estímulo à metabolização das gorduras, uma vez que o estoque de “carboidrato” já terá sido metabolizado”, explica.

Dessa forma, o jejum ajuda no emagrecimento. Existem aqueles, no entanto, que devem tomar mais cuidado. “Na grande maioria das vezes o paciente não tem nenhum problema de saúde sabido, contudo, podemos achar alguma alteração que comprometa a dieta. Pacientes debilitados, com doenças que requerem aumento do metabolismo, com quadro de hipoglicemia e doença renal devem ficar mais atentos e devem ser acompanhados muito de perto”.

Seja qual for a dieta, indica Laryssa, o importante é cuidar da saúde. “Devemos avaliar isso com muita cautela. Preocupar-se com a saúde é obrigação. Manter-se dentro do peso ideal para idade vai muito além do que meramente estética. (...)Se vai fazer a dieta lowcarb, jejum intermitente, bicho e planta, Adkins ou qualquer outra dieta, isso deve ser discutido em conjunto para que a adesão exista e posteriormente ocorra manutenção da perda de peso com mudança de estilo de vida”, finaliza.
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