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Sábado, 20 de abril de 2024

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14ª edição

Parada LGBT amplia programação, realiza rodas de conversa e discute política e garantia de direitos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Parada LGBT amplia programação, realiza rodas de conversa e discute política e garantia de direitos
Mais política e buscando esclarecer e conscientizar a sociedade, a 14ª Parada LGBT amplia sua programação para ações que vão além do desfile pela cidade, marcado para dia 10 de setembro, para realizar também rodas de conversa em vários bairros de Cuiabá durante o mês de setembro. Sob o tema “Cidadania não é privilégio”, os organizadores enfatizam a busca de direitos nesse momento de transição política e enfatizam que “para defender direitos humanos basta ser humano”.

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A 14ª Parada LGBT deixa de ser somente data da “caminhada colorida” pelo centro de Cuiabá para se tornar um momento de reflexão de direitos constitucionais e discussão de políticas públicas para garantia desses direitos, como comentou a rainha da Parada 2016, Ginna Motta: “Não é privilégio, é direito de ir e vir sem ser agredido”.

Agressão comprovada pelos dados reunidos pelo Grupo Gay da Bahia, que quantificam os casos de violência em âmbito nacional, através da divulgação da imprensa. De acordo com o Grupo, Cuiabá é tido como uma das capitais mais violentas contra a população LGBT no Brasil.

O evento tem como organizadores o Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual e a ong Livre-Mente. O presidente do Conselho, Valdomiro Arruda, destacou que um dos projetos é um atendimento mais acolhedor para LGBT’s que sofrem agressão física. “Porque essas pessoas, quando fazem a denúncia na delegacia, vai como lesão corporal, não vai como homofobia porque ainda não é crime”, disse Valdomiro.

O secretário geral da ONG Livre-Mente, Admilson Mário Assunção, comentou que apesar do destaque a luta contra as agressões físicas, as pautas se estendem. “Nossa luta não é só contra os crimes físicos, mas a violência simbólica. Discutir essas violências antes, durante e depois da Parada”.

A representante do “Mães pela Diversidade” e integrante também da ONG Livre-Mente, Josiane Marconi, expos a importância de se trabalhar por exemplo, a violência psicológica. “Pode levar a depressão profunda e tentativa de suicídio. Muitas vezes eles me ligam desesperados, porque o pai bateu, a mãe bateu, expulsou de casa”.

A luta diária é que essa hostilidade seja combatida, principalmente a sofrida por quem não pode se ‘esconder’. “Nós sempre temos medo, todo dia nós sofremos. Quem m ais sofre é quem dá a cara a tapa, como as Trans”, declarou Ginna Motta.

Programação

Na manhã do dia 10 de setembro, antes da “caminhada colorida”, acontece o Seminário Formativo 14º Parada LGBT de Cuiabá, às 8h no Auditório do Sintep, com a presença da palestrante nacional Bruna Benevides, do grupo Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra-RJ).

A concentração da caminhada será a partir das 14h na Praça Ipiranga com chegada na Praça Santos Dumont. Shows artísticos, discursos, concurso de figurino são algumas das atividades programadas. Logo depois, a festa oficial do evento acontece na Hot Spot.

As rodas de conversa acontecem no decorrer do mês em Centros de Referência da Assistência Social (Cras) em bairros como Novo Colorado e Pedra 90.
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