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Terça-feira, 19 de março de 2024

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campo d'ourique

Restaurante no coração de Cuiabá homenageia a capital no cardápio, no nome e na decoração

Foto: Divulgação

Panelinha de ventrecha de pacu, arroz branco, farofa de banana e pirão

Panelinha de ventrecha de pacu, arroz branco, farofa de banana e pirão

Localizado no coração de Cuiabá, o Campo do Ourique foi palco de diversos acontecimentos históricos da capital. Próximo ao ‘Centro Geodésico da América Latina’, foi ali onde aconteceram muitas batalhas da ‘Rusga’, além de ter sido o local escolhido para o ‘Largo da Forca’, campo de futebol e espaço para touradas. Nos últimos meses, com a intenção de resgatar a história do local e, ainda, transformá-lo em um pólo gastronômico, o chef Aécio Luiz Moreira, 29, inaugurou seu ‘bar bistrô’, junto ao tio Ricardo Moreira, 47, consultor financeiro, com o mesmo nome que a região.


Aécio e o tio Ricardo (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)


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‘Campo D’Ourique’ abriu as portas em outubro de 2016 em um local que, inclusive, faz parte da história da família Moreira. “Meu tio já tinha este prédio, onde funcionavam escritórios alugados. Quanto tivemos a ideia, queríamos mesmo fazer um resgate cultural dessa região”, lembra Aécio. “Para isso, tivemos que derrubar tudo, só aproveitamos duas paredes. Fizemos uma grande reforma”, completa Ricardo.

O resultado foi uma ‘ode à cuiabania’, desde o cardápio até a decoração. “O Bar Bistrô é um novo conceito, que une o melhor dos dois. 90% dos ingredientes são de Mato Grosso, e eu peguei receitas clássicas e reformulei com coisas daqui”, explica o chef.

Uma dessas receitas, por exemplo, foi inspirada num prato do La Mole, restaurante carioca. Lá, se faz arroz piamontese com filé mignon. “Aqui eu fiz a minha versão do piamontese, mas com prime rib, que é um corte que eu consegui com um distribuidor do estado”.

O cardápio do bar bistrô, no entanto, não é fixo. Desde a última semana Aécio lançou um novo, com foco maior nas carnes vermelhas. “Meu primeiro cardápio foi mais clássico, para as pessoas conhecerem e eu ver o que dava certo. Percebi que o cuiabano gosta muito de carne, então desta vez investi mais nas proteínas”, disse. E as mudanças vão continuar, já que a pretensão é lançar novos pratos a cada estação do ano.

Na hora do almoço, o Campo D’Ourique oferece duas alternativas: ou as ‘panelinhas’, que custam R$20 e normalmente oferecem comida cuiabana (como galinhada, maria Izabel e ventrecha de pacu, sendo uma opção por dia), ou os executivos, que incluem entrada, prato principal e sobremesa.

As sobremesas e as entradas mudam diariamente, enquanto os pratos principais são fixos de cada dia. Durante a semana, são três tipos de ‘combo’, sendo um por R$35,99, um por R$39,99 e um por R$45,99. Dentre as opções estão, por exemplo, short rib Angus servido com arroz biro-biro, feijão gordo, farofa de ovos e batata doce cozida no caramelo e o estrogonofe de carne de sol, mandioca palha e arroz branco. (Veja fotos na galeria).


Chorizo Angus, aligot, legumes confitados no azeite (Foto: Divulgação)

No jantar, os executivos continuam, mas também está disponível um cardápio específico de comida de boteco, com pastel de costela na brasa, bolinho de linguiça cuiabana (recheado com provolone e banana da terra), pancetta à pururuca com chutney de abacaxi, e outros.


Pancetta à pururuca com chutney de abacaxi (Foto: Divulgação)

A parte do ‘bar’ oferece drinks variados, mas sempre com cachaça. “Tenho só uma garrafa de vodka que fica ali guardada, mas só uso se o cliente insistir muito”, conta o chef, que afirma prezar pelas bebidas de boa qualidade.

Aos sábados, o bistrô oferece uma feijoada especial por R$32,99, o Tomahawk Angus com maionese de batata, arroz branco e chimichurri da casa, por R$89,99 (serve duas pessoas) e a costelinha com barbecue de furrundu, por R$35,99.
Aécio garante que todos os pratos são feitos com ingredientes frescos. “Compramos tudo todos os dias, e prefiro usar o que é da estação. Por exemplo, agora estamos na época de carambola e daquele limão cuiabaninho, então faço drinks com eles. Quando era época de caju, usei nas bebidas, nas sobremesas, fiz até ceviche”.

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Oratório e fotos na parede (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)


Para além da comida, a decoração também homenageia as tradições da capital. O teto, por exemplo, é adesivado com chitão. Nas paredes estão expostas fotos históricas, tanto do Campo Do Ourique quanto de outros locais da cidade.

Logo no primeiro salão está instalado um oratório com os padroeiros locais, São Benedito e São Gonçalo. No balcão, um ralador de guaraná está à disposição de quem quiser ter a experiência de ralar na hora (para os que só quiserem beber, o pó também está ali). Ao lado, um barril com cachaça, um pilão e uma viola de cocho compõe o cenário.



Bastão de guaraná para ralar (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)


O Campo D’Ourique funciona de segunda a sábado para almoço, a partir das 11h30, e de segunda a sexta para o jantar e happy hour, das 18h30 até as 23h.

Serviço


Campo D’Ourique
Travessa da Justiça, 47 – Atrás da Câmara dos Vereadores
Informações: FAN PAGE
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