Se normalmente o pesquisador observa o que está a sua volta, para criar um ponto de partida para seus estudos, a jornalista Isa Sousa fez uma imersão em sua genealogia para construir sua pesquisa. A experiência deu tão certo que Isa integra desde o dia 1º de agosto a exposição “Híbridos”, no Rio de Janeiro.

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O resultado dessa imersão são 17 montagens entre fotos de sua avó materna, sua mãe, cinco tias e ela mesma. Cada montagem une recortes de três mulheres da família, para formar um único rosto. Ao todo são oito fotos e 17 montagens, que se reúnem no livro "Relicário Delicado: identidade e memória no álbum de família", seu trabalho de pós-graduação em Fotografia e Imagem, na Universidade Cândido Mendes (UCAM).

O interessa da moça em desenvolver esse projeto, veio da semelhança impressionante entre as mulheres da família e por desconhecer sua avó materna. “O projeto consistiu em traçar uma trajetória entre minha avó materna, que eu não conheci, com as mulheres da minha família. A união dos rostos significa a procura de identidade e, ao mesmo tempo, de diferenciação, já que todas têm a mesma origem, mas são diferenciadas por suas histórias de vida”, afirma a fotógrafa.

Isa e mais 18 artistas, integram o catálogo do Festival Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro 2013. Todas as imagens são trabalhos de conclusão do curso de fotografia, da universidade carioca Cândido Mendes. A jornalista e fotógrafa mato-grossense acaba de comemorar a publicação de seu trabalho “Retratos de uma obsessão: Paris”, na revista francesa Photographe.