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Notícias / Música

Cenário do funk na Baixada Santista foi transformado pela morte de MCs

G1

 Os meses de abril e maio são marcantes, negativamente, para o funk da Baixada Santista. Entre 2010 e 2012, quatro músicos e um DJ foram assassinados por pessoas ainda não identificadas pela polícia. Outros MCs também sofreram ataques, foram baleados, mas sobreviveram – caso do cantor Neguinho do Caxeta.

O artista lembra até hoje do episódio. “É algo que não gosto muito de falar. Mas, graças a Deus, estou vivo. A angústia continua, pois você não sabe quem fez isso contra você e fica imaginando coisas. É um inimigo oculto”, desabafa o MC.


O primeiro músico assassinado foi Felipe Wellington da Silva Cruz, o MC Felipe Boladão. Ele estava na companhia de seu DJ, Felipe da Silva Gomes, quando ambos foram alvejados no bairro Vila Glória, em Praia Grande, no litoral paulista, por um homem de moto. O crime aconteceu no dia 10 de abril de 2010.

Um ano e dois dias depois, Eduardo Antônio Lara, o MC Duda do Marapé, foi assassinado na região da cracolândia de Santos. Na época, testemunhas disseram à polícia que homens de moto passaram pelo local e dispararam diversas vezes contra o músico, que foi atingido, pelo menos, nove vezes.

O terceiro MC assassinado foi Jadielson da Silva Almeida, o MC Primo, morto em frente à sua residência, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente. O cantor foi morto no dia 19 de abril de 2012.

O quarto e último MC da Baixada Santista assassinado no fatídico mês de abril foi Cristiano Carlos Martins, o MC Careca, em 28 de abril de 2012 – nove dias após o MC Primo. Para muitas pessoas envolvidas no universo do funk, essa foi a morte mais brutal e nebulosa entre todas. Careca foi morto com, pelo menos, 15 tiros, sendo três de uma arma calibre 12.
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