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13/06/2013 - 12:57

A um ano do Mundial, novo desafio da Secopa é realizar o evento

Da Redação - Darwin Júnior

Foto: Darwin Júnior - Olhar Copa

A um ano do Mundial, novo desafio da Secopa é realizar o evento
A celebração da contagem regressiva de um ano para a abertura da Copa do Mundo no Brasil ocorreu ontem, quarta-feira (12), mas esta quinta-feira (13) representa uma marca especial para Cuiabá. Daqui a exatamente um ano, no dia 13 de junho de 2014, a bola estará rolando a partir das 18 horas, na Arena Pantanal, no primeiro dos quatro jogos do Mundial na capital mato-grossense. Hoje sim, Cuiabá está a um ano do evento. Embora simbólica, a marca traz um novo desafio para a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa-MT) que agora passa a mirar a realização do evento.

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Em entrevista exclusiva ao Olhar Copa, o secretário da Secopa, Maurício Guimarães aborda a inclusão de Cuiabá no projeto do país de realizar a maior Copa do Mundo de todos os tempos. Segundo Guimarães, agora com as obras em andamento e com a ‘certeza de que o cronograma será cumprido’, é tempo de iniciar as ações para o envolvimento da sociedade para a execução do projeto Copa. Para o secretário, é preciso vivenciar o evento. “Até hoje vivenciamos obras. Precisamos ser bem sucedidos para assim colocar no mapa do mundo em destaque Cuiabá, Várzea Grande e Mato Grosso”.

Considerando que o pior (como a fase de projetos e interferências) já passou e que agora resta a execução das obras, o secretário conclama a sociedade a participar e se envolver com a questão. “A sociedade precisa acreditar que realmente somos capazes. Temos que bater no peito e dizer: nós somos uma das doze cidades que têm a oportunidade de estar dentro desse processo. Estamos conseguindo. E mais do que isso, vamos conseguir”.

Confira a íntegra da entrevista de Maurício Guimarães ao site Olhar Copa:

Olhar Copa: Secretário, a um ano da Copa do Mundo de 2014, como está a preparação de Cuiabá?
Maurício Guimarães: Foi e continua sendo um desafio preparar uma cidade para um evento tão transformador como a Copa do Mundo. E até hoje tratamos a Copa apenas como obras. Cuiabá está tendo um volume de obras jamais visto em um curto prazo. E isso jamais voltará a acontecer da mesma forma e do mesmo volume. Então, são muitos os desafios. Primeiro, pela falta de experiência do poder público em tocar essas obras tão grandiosas. Segundo que estamos falando em transformar uma cidade que vai fazer 300 anos. E terceiro que no Brasil nos últimos 20, 30 anos, não houve grandes investimentos em infraestrutura. As estruturas de projetos estão desjuntadas. Então, hoje o grande problema dessas obras ainda é projeto. E executar essas obras com problemas de projeto, falta de know-how e tendo que descobrir onde estão as interferências, a medida em que se faz as ações para executar as obras, isso dificultou muito o deslanchar das obras. Mas, com muito esforço da equipe que vem fazendo essas obras e apoio do governador, isso tudo foi superado. Hoje temos condições de entregar essas obras no final do ano, com exceção do VLT que estará operando 100% em junho.

OC: Muito se fala que as obras do VLT não ficarão prontas a tempo da Copa. O Sr. está confiante. A que se deve esse otimismo?
MG: Por uma questão muito simples. Nós temos contratos e esses contratos têm cronogramas e esses cronogramas estão sendo cumpridos. E eu não tenho nenhum motivo hoje para achar que as obras não ficarão prontas. Temos todas as condições legais, técnicas e compromissos contratuais que nos levam a acreditar, confiar que tudo será cumprido e estas obras serão entregues no prazo pactuado que é março de 2014. O VLT tem dentro de seu projeto 14 obras de arte que não são apenas do modal, mas para contemplar toda a cidade. E muitas dessas obras serão entregues ainda este ano como os viadutos da Sefaz, UFMT, MT-04, aeroporto e rotatória do Zero Km. Então, antes dos trens começarem a rodar, muitas dessas obras já estarão sendo utilizadas pela população.

OC: Qual foi o problema nas obras do viaduto da UFMT?

MG: Houve um problema sim. Um dos pilares apresentou uma falha construtiva que foi identificada e hoje está em fase de correção. Independente de ser uma obra do VLT ou RDC, o Governo do Estado e a Secopa estão muitos atentos quanto a isso. Isso já está sendo corrigido. O consórcio que localizou o problema já está trabalhando na solução e isso não mudará o cronograma em nenhum dia. Quero destacar que o Governo do Estado está primando pela qualidade dessas obras. Veja o exemplo da avenida Juliano Costa Marques que só recebemos quando foi comprovada a qualidade da pavimentação; a avenida Camboriú, que fizemos reconstruir quase um pavimento inteiro. Não será diferente nas outras obras. Queremos quebrar os paradigmas. Estamos cobrando que as obras sejam entregues no prazo contratado e com qualidade. É um compromisso do governador de que essas obras sejam construídas de acordo com a exigência da sociedade.

OC: Já está definido o cronograma de entrega dessas obras?
MG: Sim, algumas já estão. Depois do viaduto da Sefaz, virá o viaduto da Sefaz, trincheira Ciríaco Cândia (Mário Andreazza), duplicação da ponte sobre o Rio Cuiabá (ponte Nova) avenida Mário Andreazza, viaduto da UFMT, viaduto da MT-040. Pretendemos entregar as obras a cada 15 dias. Até dezembro, a população já estará utilizando muitas dessas intervenções.

OC: Qual será a primeira obra da Copa do Mundo a ser entregue à população?
MG: A primeira obra a ser inaugurada é o viaduto do Despraiado no final de julho. A partir daí, vamos entregar em média, duas por mês.

OC: Mas, parece que a trincheira Mário Andreazza deve ficar pronta antes...
MG: Sim, a trincheira Ciríaco Cândia estará pronta em 30 dias. Na segunda-feira começa a ser asfaltada. Mas, ela não pode ser inaugurada antes, pois depende da liberação da vias marginais do Verdão, onde está em construção a trincheira Santa Isabel.

OC: Já existem obras da Copa sendo utilizadas pela população?
MG: Sim. Como as avenidas Juliano Costa Marques, a ponte da avenida Camboriú com seus acessos, a ponte do Jardim das Palmeiras e suas vias complementares.

OC: A um ano da Copa, existe um novo foco na Secopa?
MG: Precisamos agora vivenciar o evento. Até hoje vivenciamos obras. É necessário vivenciar e preparar para realizar o maior evento da história de Cuiabá. Estamos inclusos no projeto nacional de realizar a maior Copa do Mundo de todos os tempos. É nisso que vamos a partir de agora focar que é realizar o evento. As obras agora estão em andamento, mas nós temos ações que são pré-condições para fazer aqui um grande evento como voluntariado, acomodações, suprimentos, plano de mobilidade, plano operacional no dia dos jogos, segurança e saúde. Tudo isso tem que ser discutido na sociedade com todos os envolvidos. Agora, o foco é de execução. Mais do que ter a cidade transformada em termos de mobilidade e de obras, é importante verificar e identificar que sabemos fazer um grande evento. Também devemos estar preparados para receber, mostrar nossa culinária, nosso folclore, nossas tradições. Este é o mote que vamos trabalhar agora a um ano da Copa. Não que as obras serão abandonadas. Elas hoje estão em um ritmo de que vão acontecer e estão acontecendo.

OC: Já definiu as prioridades daqui para a frente?
MG: As minhas prioridades são resgatar em nós cuiabanos, várzea-grandenses e mato-grossenses, o orgulho de estar fazendo parte desse grande projeto. Ao fazer isso, eu vou buscar na sociedade ajuda para que possamos fazer um grande evento. A sociedade precisa se mobilizar, acreditar e ir para as ruas. E com isso, criar as condições que precisamos para fazer um grande evento. Na medida em que a população acreditar que será um grande evento, ela vai abrir as portas para as pessoas que aqui virão será mais voluntária e criará mais condições para uma belíssima festa. O foco é nos prepararmos para em junho conseguirmos fazer um grande evento e que esse acontecimento seja um referencial para que possamos colocar no mapa do mundo em destaque Cuiabá, Várzea Grande e Mato Grosso. Seria interessante ver o turista falar que ‘estive lá em Cuiabá e aquele é um povo hospitaleiro que sabe receber. Vá lá. É uma cidade maravilhosa que tem uma cultura excepcional’. Que aqueles que vierem não vão conseguir conhecer todo o Estado, mas ficarão com um gostinho e queiram ter o prazer de retornar. Esse é o foco: o sucesso do evento.

OC: E o Sr. Não tem preocupações?
MG: Eu tenho consciência da responsabilidade que tenho diante da sociedade e por estar à frente de um projeto dessa grandeza. Tenho o apoio incondicional do governador que é o grande líder desse projeto. Também tenho uma equipe aqui na Secopa que são pessoas que estão 24 horas por dia à disposição desse projeto. Também tenho recebido apoio da sociedade. Isso tem me dado forças e mais ânimo e a cada dia com forças renovadas para que possamos conseguir chegar ao fim desse projeto com a missão cumprida. Hoje não identifico em nenhum ponto e nenhum local da sociedade, alguém que queira atrapalhar o evento.

OC: Então o Sr. Não acredita no pessoal do contra?
MG: Não me incomodam porque eu tenho um foco. São duas coisas que marcam a minha vida: a fé e o trabalho. E eu tenho fé que vamos alcançar o sucesso, mas estou trabalhando muito para isso. Só ouço as vozes daqueles que incentivam e ajudam. A voz de quem critica, eu uso como alerta para estar sempre atento para que possamos mostrar que no Centro-Oeste, neste estado tupiniquim, também tem gente que sabe fazer.

OC: Desde o início das obras, a Secopa tem pedido paciência para a população. E agora, o que o Sr. Vai pedir?
MG: Sim, quero fazer um pedido de ajuda à população. Que ela possa acreditar que realmente somos capazes de participar de um evento tão transformador como a Copa do Mundo. Que ela possa incorporar esse sentimento de orgulho e que nos ajude a chegar ao dia 13 de junho de 2014 às 18 horas, com a certeza de que fizemos o melhor. E que esse melhor seja representado no sucesso e no orgulho de cada um. Que juntos, fomos capazes de pleitear, executar e comemorar.

OC: A Copa está se tornando uma realidade para Cuiabá, sem dúvida. Por trás disso, está sua experiência. Se tiver o sucesso que espera, pretende ingressar na política?
MG: De forma alguma. Eu sou servidor público concursado neste Estado há 29 anos. E vou continuar atuando como servidor.

OC: Então está descartada qualquer candidatura? Quem sabe no futuro...
MG: Não tenho a mínima pretensão. Não quero mesmo e em nenhum momento isso passou pela minha cabeça. Descarto completamente essa possibilidade seja agora ou no futuro. Quero observar que não estou fazendo nada de extraordinário, apenas o óbvio que é cumprir bem a minha obrigação.


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