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10/07/2014 - 08:48

Artigo: Brasil “C”

Valmir Ferreira

Foto: Reprodução

Artigo: Brasil “C”
Acordamos cedo. Cabisbaixos, cabeça inchada, chateados. Não era por menos. Depois do chocolate que levamos da Alemanha, nada nos consola; nem a terceira colocação no sábado, na Capital da República. A coisa está feia! O mundo está rindo da nossa cara. Quantas caraminholas passam pela cabeça de um torcedor nessa hora, talvez, centenas. É duro se conformar, ainda mais quando vejo crianças a chorar.

Até que cantamos bem o hino, o ruim foi ouvir o coro da galera contrariada cantando olé.

A nossa constelação de jogadores não brilhou. E ainda, perdemos o nosso maior craque devido a um problema de coluna e o nosso capitão que levou o segundo cartão contra a Colômbia. Ficamos sem cara, cor e consistência.

Quando o time estava completo ganhamos da Croácia, de Camarões e da Colômbia, seleções que começam com a letra “C”. Quem sabe não seríamos campeões se jogássemos contra a Costa Rica? Por isso, chamo a nossa seleção “Canarinho” de Brasil “C”, sem perder a consideração, é claro. A letra “C” vem depois da letra “A”. Talvez por isso, a Argélia jogou melhor contra a Alemanha, será? É bom nem pensar assim, pois, num confronto contra a Argentina quem iria levar a melhor?

A candidata ao título caiu em casa. O país todo chorou. O que faltou? Carinho dos torcedores, concentração, comida boa, etc. Não! Talvez pecamos no excesso de coragem, não sei. Mas o fato é que não fomos competentes. Faltou-nos coesão!

Em nosso país costuma-se dizer que nasce um craque em cada esquina. Temos excelentes jogadores. Há muitos índios e poucos caciques (digo treinadores excelentes). Há uma crise de liderança em nosso futebol. Precisamos formar muitos coaching dotados de competência e credibilidade. A CBF precisa olhar com mais carinho para as categorias de base e reorganizar o calendário do nosso futebol. Têm muita coisa errada: mas uma coisa é certa: é melhor fazer bem uma eliminatória para a Copa do Mundo a ser campeão da Copa das Confederações. Só assim, o Brasil vai poder voltar a ser A seleção. Desta forma, poderá vir todo o alfabeto que iremos tirar tudo de letra.

Valmir Ferreira é conferencista e escritor - Valmirferreira.com
por Carlos Nunes, em 10/07/2014 às 11:09
Bem, se perder para a Holanda no sábado, aí vai ser o atestado final da incompetência. Enquanto isso...na terra de cegos...o Marcelo Resende afirmou que o governo brasileiro com o Acordo da FIFA + a lei da Copa, isentou a FIFA de pagar impostos...e a Rede TV informou, nos últimos dias: o lucro estimado da FIFA será de 4,5 BILHÕES DE REAIS. E também sobre os salários milionários MENSAIS dos jogadores da Seleção - os dois jogadores que ganham menos, um ganha 100 MIL REAIS e outro 150 MIL REAIS, o goleiro Júlio César ganha 500 MIL, uma grande parte ganha MAIS DE 1 MILHÃO, e o Neymar ganha 5 MILHÕES. Pois é no Brasil...enquanto o professor, que vai formar todas as novas gerações, ganhar uma miséria (MIL E POUCOS REAIS) - ser jogador de futebol é uma beleza. E os trabalhadores que ganham só o salário minimo? Pois é, em terra de cegos...acontece isso mesmo e muito mais. Alguém (com coragem) teria que pegar tanto o Acordo, como a lei da Copa, esmiuçar, destrinchar, nos mínimos detalhes, e narrar para o povo a realidade dessas barbaridades, principalmente de conceder para a FIFA e todos os seus patrocinadores Vantagens e mais Vantagens - mas tem que narrar tudo isso ANTES DAS ELEIÇÕES.
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