Na visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, à Arena Pantanal na tarde desta segunda-feira (20), quem roubou a cena na entrevista coletiva foi o ex-jogador Bebeto, integrante do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, que não ficou satisfeito com o que viu no gramado do estádio de Cuiabá para o Mundial. Com a experiência de um jogador veterano, Bebeto alertou que o campo não estará pronto para jogo-teste no dia 20 como pretende o Governo do Estado. “Torço para que dê tempo da grama crescer rápido, mas não creio que o gramado estará pronto”, disse o ex-jogador.
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Ainda na coletiva, o governador Silval Barbosa tratou de garantir que ‘não há qualquer risco’. Silval assegurou que dentro de 50 dias, a Arena Pantanal estará com todos os testes concluídos e pronta para os jogos da Copa do Mundo. “Estamos certos de que a três ou quatro meses da Copa do Mundo estaremos com o estádio totalmente testado e perfeito para o Mundial”, acrescentou o governador que reafirmou: "A Arena Pantanal é a prioridade número 1 do Governo do Estado até a Copa".
Silval ainda culpou a ação judicial que atrasou em quase dois meses a instalação das cadeiras da Arena Pantanal. “Se não fosse isso (o MP determinou o cancelamento do contrato com a Kango Brasil em outubro por suspeita de superfaturamento), o estádio já estaria com todas as cadeiras montadas a essas alturas. Vejo que agora, estamos indo bem. Teremos tempo hábil para concluir todos os trabalhos de TI e do entorno do estádio. Não há qualquer motivo para preocupação”, complementou Silval Barbosa.
Valcke - Ao falar sobre o atraso da Arena Pantanal, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke evitou declarações polêmicas e se limitou a uma cobrança leve: “A Fifa determinou que todos os estádios fossem entregues até dezembro de 2013. Seria um prazo confortável para a Fifa. E não teremos tempo para testes com toda a tranquilidade. Agora, esperamos a conclusão das últimas arenas para fevereiro. A exceção é a Arena Corinthians, onde ocorreu um acidente”.
Questionado sobre o por quê de ter mudado o discurso algumas vezes, ‘afirmando uma coisa quando está no Brasil e depois afirmando outra quando está na Europa’, Valcke foi incisivo: “Deturpam o que eu falo. Para não criar problemas eu terei que ficar calado”.
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