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23/08/2013 - 11:01

Copa vira preocupação para entidades que trabalham com crianças e adolescentes

Da Redação - Darwin Júnior

Foto: Otmar Oliveira

Suely Levina e Flávia Cristina na visita à Câmara Municipal, falaram da preocupação com a Copa

Suely Levina e Flávia Cristina na visita à Câmara Municipal, falaram da preocupação com a Copa

A realização de jogos da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá trouxe forte preocupação para gestores que atuam com crianças e adolescentes no Estado. Foi o que externou, na tribuna livre de ontem (22), sessão plenária da Câmara Municipal de Cuiabá, a presidente do Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente, Suely Levina da Silva. Ela lembrou dos incidentes que ocorreram na África do Sul e pontuou a vulnerabilidade que este certame mundial pode expor a crianças e adolescentes na capital mato-grossense. 

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Segundo a diretora do conselho, Cuiabá ainda não se encontra devidamente preparada para garantir proteção às suas crianças, afirmou, e isso pode facilitar a ocorrência de crimes hediondos diversos. Também fez exposição semelhante na tribuna, a coordenadora-geral dos Conselhos Tutelares de Cuiabá, Flávia Cristina. Elas solicitam das autoridades um maior empenho para que o município cuiabano não registre fatos que a África (que foi sede da Copa) lamenta até hoje. "Lá, muitas crianças desapareceram durante a Copa, somando-se uma série de atrocidades de ordem sexual cometidas contra incontáveis inocentes".

Flávia Cristina sugere que que haja maior comprometimento por parte das autoridades judiciais constituídas: "Ter uma juíza compromissada com essa causa é muito importante, a fim de garantir com que os direitos da criança e do adolescente sejam respeitados". Ela citou o recente caso (Cuiabá) da prisão de uma mulher integrante de rede de tráfico de órgãos. "Ela já havia sequestrado um menino, que seria morto para que seus órgãos pudessem ser comercializados. Isso é um dos absurdos que acontecem por aí, e se nada for feito desde já, podemos registrar outras ocorrências do tipo", alerta a coordenadora.

Suely Levina e Flávia Cristina, acompanhadas do vereador Renivaldo Nascimento,  estiveram em audiência com o secretário Maurício Guimarães, da Secopa e na ocasião, exporam essas preocupações. As coordenadoras fizeram um apelo ao secretário: "A Copa está bem aí, a menos de 11 meses. É preciso pensar em tudo isso, pois as crianças e adolescentes ficarão expostas a sinistros diversos. A Secopa tem que agir também neste sentido, não somente focar suas ações na construção de trincheiras".

Disque Denúncia - O cidadão pode contribuir no enfrentamento à exploração sexual no país. O governo incentiva os brasileiros a denunciarem os casos de exploração pelo Disque Denúncia, serviço telefônico coordenado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Qualquer pessoa, de qualquer parte do Brasil pode discar “100” no seu telefone pessoal ou público e denunciar um caso de violência contra a criança e o adolescente. A ligação é gratuita e o serviço funciona das 8h às 22h, todos os dias, inclusive finais de semana e feriados.

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