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25/11/2013 - 10:20

Delegacia prepara ações contra vendedores de produtos piratas em Cuiabá

Da Redação - Darwin Júnior

Foto: Reprodução

Delegacia prepara ações contra vendedores de produtos piratas em Cuiabá
Vendedores de produtos piratas relacionados à Copa do Mundo, entrarão na mira da polícia e não terão vida fácil em Cuiabá durante o Mundial 2014. Foi o que deixou claro a titular da Delegacia do Consumidor da capital, Ana Cristina Feldman, durante o lançamento do painel ‘Programa de Proteção às Marcas e Patentes da Fifa’, na manhã da última sexta-feira, em um evento com a presença de representantes do Comitê Organizador Local da Copa (COL) e da entidade máxima do futebol mundial.

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Em entrevista ao Olhar Direto, a delegada afirmou que foi orientada a atuar de forma enérgica, especialmente contra vendedores de produtos piratas. Ela argumenta que o principal propósito é justamente a proteção ao consumidor. “Há informações de que muitos produtos contrabandeados chegam com material nocivo à saúde da população. Soubemos de um lote de produtos à base de tinta vindo da China com substâncias altamente tóxicas. Vamos combater essas ações com várias operações”, avisou.

A delegada do Consumidor reconhece a existência de um crime organizado atuando no contrabando de produtos e vê a necessidade de operações para barrar a entrada do comércio ilegal que tende a ser uma febre durante a Copa do Mundo. Segundo ela, são inúmeros produtos como bolas, tênis, camisetas e shorts que estão sendo preparados em nível de toneladas. “Vamos fiscalizar e apreender todos os produtos ilegais. Os responsáveis ainda terão que responder por crime contra o consumidor. Durante a Copa, haverá rigor extra contra a pirataria”, sentenciou.

Shopping popular

Presente no painel, o presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular de Cuiabá, Misael Galvão, surpreendeu. Ao invés de questionar os meios de fiscalização, ele propôs a comercialização dos produtos oficiais e originais autorizados pela Fifa em bancas dentro do shopping popular.

“Estamos cientes e pretendemos praticar o comércio legalmente. Esperamos que a Fifa abra credenciamento para vendermos seus produtos para a população”, observou o líder dos camelôs, lembrando que “há 18 anos o shopping popular é uma referência em Mato Grosso”. Misael entende que por ter sua localização ao lado do fan fest, o shopping popular será um importante meio de servir os torcedores. “Queremos ter os produtos da Fifa dentro do shopping popular. Será ótimo para a população”, garante.

O Painel

O evento, que aconteceu no Palácio Paiaguás, teve como objetivo esclarecer os possíveis impactos da Lei Geral da Copa com relação às atividades publicitárias de empresas não patrocinadoras e explicar o funcionamento das Áreas de Restrição Comercial ao redor dos estádios e de outros locais oficiais de competição.

O consultor jurídico da Fifa, Auke-Jan Bossembroek, explicou que mais de 90% dos recursos investidos na realização do Mundial de Futebol são oriundos de investimentos de patrocinadores, que passam a ter direitos exclusivos de associação de suas marcas com o evento e tudo o que for relacionado a ele. “Por isso, precisamos atuar no sentido de evitar que empresas não patrocinadoras se aproveitem de forma ilegítima do evento”, disse.

Utilizando o termo “Marketing de Emboscada”, o representante da Fifa mostrou exemplos de maneiras ilegítimas adotadas por empresas para se promoverem durante o Mundial de 2010. “Isso é ilegal, afinal os patrocinadores oficiais pagaram milhões para obter o direito exclusivo à associação de suas marcas”, salientou.

Também é proibida a venda de produtos que façam referência a outras propriedades de direito exclusivo da Fifa, como troféu oficial e o mascote “Fuleco”. Segundo Auke-Jan, 350 casos de utilização incorreta das marcas já foram registrados no Brasil, principalmente através da venda de produtos piratas.

A área de restrição comercial no entorno dos estádios será definida com os propósitos de reduzir ao máximo o impacto para os comerciantes locais; aproveitar o cenário econômico de forma legítima; e evitar que empresas não patrocinadoras sejam beneficiadas por ações de marketing ilegal.

Os representantes da Federação também aproveitaram o evento para esclarecer algumas dúvidas. Explicaram, entre outras coisas, que nenhum estabelecimento localizado no entorno dos estádios será fechado e que a Fifa não irá interferir em seus contratos de fornecimentos.

No entorno dos estádios, também será proibida a presença de cambistas e vendedores ambulantes. A fiscalização no entorno da Arena Pantanal será feita por uma equipe de fiscais de Prefeitura de Cuiabá, que já está sendo devidamente capacitada para os trabalhos.

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por rondinelli, em 25/11/2013 às 16:48
está correto,mas tem que valorizar mais os vendedores ambulantes,penalizar os ilegais e dar mais credibilidade aos camelos principalmente os do shoping popular,q pagam seus impostos em q a própria prefeitura cedeu o espaço.
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