Notícias / Copa 2014

18/06/2014 - 19:00

Em matéria onde exalta a festa dos torcedores, Veja aponta falhas na Arena Pantanal

Da Redação - Darwin Júnior

Em matéria onde exalta a festa dos torcedores, Veja aponta falhas na Arena Pantanal
O jogo entre Rússia e Coréia do Sul na Arena Pantanal foi destaque na Revista Veja em publicação nesta quarta-feira (18) em seu site com o título "Quando um Rússia x Coreia, em Cuiabá, se torna um show". Na análise dos jornalistas da Veja, Cuiabá vivenciou um dos dias mais especiais de seus 295 anos de história, graças à magia da Copa do Mundo. Segundo a publicação, a partida entre as duas seleções foi 'fraca' em campo e tudo caminhava para uma decepção, quando o bom espetáculo nas arquibancadas salvou o ingresso.

Leia mais:
Jogo Rússia x Coréia do Sul em Cuiabá teve outra festa nas arquibancadas
Com apenas dois jogos, Copa do Mundo 'levou' um Maracanã para Cuiabá

Segundo a Veja, o espetáculo começou bem antes, quando uma multidão de russos e coreanos invadiu a cidade, desde a segunda-feira. O Fan Fest lotado e a Arena Pantanal colorida, resultou em uma festa gigantesca que envolveu cerca de 80 mil pessoas na noite da última terça-feira. No entanto, a publicação alfineta o goleiro russo que com um 'frango histórico', desencadeou a festa na Arena. 



A Veja destacou ainda falha na organização do evento, como a que ocorreu na saída do estádio. "Com o entorno do estádio isolado pela PM, foi praticamente impossível encontrar ônibus ou taxis. Voluntários bateram cabeça ao tentar explicar a turistas a melhor maneira de retornar a seus hotéis. Cansados de esperar, vários torcedores preferiram caminhar cerca de três quilômetros até o centro da cidade, onde pararam para mais uma sessão de comilança e bebedeira", afirma a reportagem.

Veja abaixo a íntegra da entrevista que pode ser conferida aqui

O encontro entre Rússia e Coreia do Sul, na Arena Pantanal, em Cuiabá, tinha tudo para ser um dos jogos mais pobres desta Copa do Mundo. No gramado, vinte e dois atletas desconhecidos e seleções inexpressivas. Nas arquibancadas, algumas cadeiras vazias, e um público pouco habituado a frequentar estádios. O palco da festa, fortíssimo candidato a elefante branco, ainda estava inacabado. O cenário ideal para uma tragédia esportiva estava montado. E dentro de campo, a expectativa se confirmou: a partida foi fraca, decidida com uma falha imperdoável do goleiro russo e uma rebatida na área asiática que mais lembrou um Mixto x Operário, o principal clássico mato-grossense. No entanto, assim como aconteceu no jogo entre Chile e Austrália na semana passada, Cuiabá viveu um dos dias mais especiais de seus 295 anos de história, graças à mágica da Copa do Mundo de futebol.

O espetáculo, na realidade, começou ainda na segunda-feira, quando uma multidão de russos e sul-coreanos lotaram os bares do centro da ‘Cidade Verde’. Uma feliz coincidência potencializou ainda mais as comemorações: o segundo jogo da Copa em Cuiabá aconteceria uma hora após a partida entre a seleção brasileira e mexicana, em Fortaleza. Segundo a Polícia Militar de Cuiabá, 43.000 pessoas compareceram à Fan Fest mato-grossense da Fifa para assistir ao empate em 0 a 0 da equipe anfitriã. Por lá, pontos vermelhos se misturavam ao mar de camisas verde e amarelas. Eram os russos e sul-coreanos que deixaram para trás qualquer barreira cultural ou linguística e já estavam devidamente entrosados, em meio a gritos de ‘Neymar’ e ‘Brasil’.

Muitos torcedores decidiram deixar a Fan Fest ainda no intervalo do jogo do Brasil, para não correr o risco de se atrasar para o principal compromisso do dia. À base de mímicas, dezenas de russos encontraram o caminho que os levaria à Arena e, com seus chapéus e apetrechos típicos, encararam um ônibus lotado e infernalmente quente. Mas nem mesmo a sensação térmica do veículo, inversamente proporcional à de regiões da Sibéria, diminuiu a animação dos europeus. Há doze anos sem ver sua seleção disputar um Mundial, os russos capricharam nos cânticos que embalaram a viagem, enquanto os brasileiros tentavam acompanhar o ritmo. Um dos nativos tentou ser simpático com os visitantes e gritou o nome de Kerzhakov, provavelmente o único jogador russo do qual tinha conhecimento – e que curiosamente, marcaria o gol contra a Coreia. No entanto, os russos rapidamente corrigiram a pronúncia do brasileiro (deve-se dizer ´Kerjakov’). O torcedor não perdeu a pose e exclamou: “Sharapova, Sharapova”, arrancando risos dos compatriotas da musa do tênis.

Chegando ao estádio, todos suados, os fãs brasileiros e estrangeiros abasteceram seus copos de cerveja e tiraram 'selfies' incontáveis. Para os cuiabanos, acostumados a ver no mesmo terreno o antigo Estádio Verdão, deparar-se com uma arena tão bela e imponente era algo quase surreal. Mais ainda tendo como companhia dois povos tão peculiares e distintos. Os 37.607 torcedores presentes - brasileiros, majoritariamente – estavam bastante animados para a partida. O primeiro tempo, no entanto, não ajudou. Com poucas chances de gol, as principais emoções foram as tentativas frustradas de organizar uma ola e a indecisão dos torcedores locais, que variavam gritos de ‘Rússia’ e ‘Coreia’ a cada bom ataque. Na saída para o intervalo, vaias tímidas serviram para mostrar aos atletas que a torcida cuiabana não exigiria técnica apurada ou jogadas de efeito, apenas um pouco mais de objetividade.

Antes do retorno das equipes, uma pausa no banheiro e no bar. Encantados com a alegria dos estrangeiros, brasileiros pediam fotos atrás de fotos aos visitantes. Os mato-grossenses sabem, que, findada a Copa do Mundo, a cidade de pouco mais de 500.000 habitantes levará anos para receber tamanho número de turistas. Na segunda etapa, o goleiro Igor Akinfeev tratou de dar emoção à partida, ao deixar passar um chute fraquinho de Lee Keun-ho. O gol incendiou o jogo e também a torcida, que apresentou ao arqueiro russo a nada agradável alcunha de ‘frangueiro’. Pouco depois, veio o empate de Kerzhakov (lembre-se, leia Kerjakov) e, a esta altura, o público já se dava por satisfeito, como que saboreando a possibilidade de receber um evento desta magnitude e, ainda por cima, ver as redes balançarem. Pouco importava o nome dos jogadores ou quantos títulos cada seleção possuía. Todos estavam ali para participar da festa octogenária da Copa do Mundo.

Por mais que as transmissões de Mundiais sejam impecáveis, nada se compara a assistir a uma partida in loco. Das arquibancadas, uma cena envolvendo atletas russos foi marcante: dois atacantes discutiram em campo após uma chance perdida. Um deles, então, apontou o replay no telão para provar que o colega deveria ter passado a bola. O fominha parou, reviu a cena e pediu desculpas. Inegavelmente, o telão se tornou um atrativo a mais do espetáculo. Não houve um torcedor sequer que, ao ver sua imagem refletida para todo o planeta, não abriu um enorme sorriso ou agitou os braços. Antes do fim, torcedores tiveram tempo de cantar o nome da cidade e ouvir o reforço de russos e coreanos, que insistiam em pronunciar ´Cuiába', com o primeiro 'a' tônico. Ao apito do juiz, aplausos efusivos e expressões de satisfação tomaram o estádio.

Para não dizer que tudo correu perfeitamente – o que seria bastante estranho, por se tratar de uma das sedes mais contestadas e atrasadas da Copa do Mundo -, a falta de organização se fez presente na saída. Com o entorno do estádio isolado pela PM, foi praticamente impossível encontrar ônibus ou taxis. Voluntários bateram cabeça ao tentar explicar a turistas a melhor maneira de retornar a seus hotéis. Cansados de esperar, vários torcedores preferiram caminhar cerca de três quilômetros até o centro da cidade, onde pararam para mais uma sessão de comilança e bebedeira. Para euforia geral, a festa do Mundial só termina dia 13 de julho, no Maracanã, e recomeça daqui quatro anos, justamente na Rússia. É provável que muitos mato-grossenses já planejem retribuir o carinho dos novos amigos nos estádios russos, em 2018.

Leia mais sobre o Mundial 2014 no Olhar Copa
por Leo, em 19/06/2014 às 22:35
TAI UMA REVISTA QUE NÃO POSSO FALAR MAL HOJE, A "VEJA", POIS A MUITO TEMPO DEIXEI DE LER A MESMA, ATÉ MESMO EM SALAS DE MÉDICOS, DENTISTAS, PREFIRO UM JORNALECO QUALQUER, PELO MENOS ESSE NÃO TENTA ME MANIPULAR.
por Ademir, em 19/06/2014 às 21:32
Parabéns ao comentário da Tetê Gouveia, disse tudo, e bem esclarecedor do tipinho de jornalista que acha que no resto do Brasil não tem vida, prosperidade, sucesso, é aqui é para fortes, aqueles que aguentam um calorzão dizendo hoje tá fresco e ganha o dia a dia numa cidade aconchegante e vitoriosa como Cuiabá, isso sim é apaixonante, fazer se crescer e ver crescer a capital de um estado pujante, pois se acham isso da capital, imaginem mais para o interior do nosso estado ou do país..
por Ilse, em 19/06/2014 às 13:59
É visível a "decadência" dessa publicação semanal da família Civita. A matéria em tela -totalmente amadora- traduz bem essa situação.
por Maria, em 19/06/2014 às 12:39
Infelizmente deparamos com texto mto mal escrito e sem expressão nenhuma, revista Veja vc já foi sucesso.
por Marco de Castro, em 19/06/2014 às 08:53
Embora ferina, sua critica é a expressão da verdade, entretanto, Cuiabá e seu `atraso` é a realidade de todo o nosso país, um nordeste miserável, um norte esquecido, um sudeste extremamente injusto socialmente e por fim, um sul um pouquinho menos pior, então companheiros editores, não era para ter copa num pais carente de tudo, principalmente de educação. Porque tramaram esse evento e quais os interesses sabemos todos - "panem et circenses - não concordo com suas colocações que são como jogar lama ou coisa pior na cara dos brasileiros que ingenuamente fazem do Brasil `país do futebol`.
por dora, em 19/06/2014 às 08:40
esse jornalista ou é Goiano ou Campo~grandense despeitado. Os cuiabanos estão dando exemplo ao resto do pais em hospitalidade. Se não pode elogiar Cuiabá por favor não detona.
por Angelo Falcão de Figueiredo, em 19/06/2014 às 06:04
Esse tipo de reportagem é típico dessa revista que ao publicar alguma coisa atual do Governo, principalmente em relação à Copa do Mundo, sempre coloca a seguir a palavra mas ou entretanto ou todavia, afinal, quaisquer elogio à citada Copa na mídia tupiniquim ( rádio, TVs ou Jornais), estão proibidos pelos editores ou melhor, donos! Parafraseando um ex presidente americano: "não é a Copa, seu estúpido, é a eleição"! Até quando? Até a implantação do Conselho Nacional de Comunicação ou espere o período de propaganda eleitoral, aí sim vão aparecer não meias verdades,valendo inteira pra quem realizou mais coisas para o povo brasileiro! Medir qualquer realização no Brasil, é comparar ou em relação ao tempo ou com outros países!
por candida da silva moraes, em 18/06/2014 às 22:18
É isso ai gente copa é uma beleza e depois da copa o que será de Cuiaba, pq vamos falar a verdade esta uma vergonha nosso estado é Roubo e Falcatrua pra tudo que é lado, já não sabemos mais quem são nossos representantes politicos. Os serviços na Arena Pantanal são uma vergonha, mas nossos politicos pouco estão se importando com o vexame, o negocio deles é dinheiro no bolso deles, , é uma pena que temos esses como nossos representantes que sempre procuram enganar o povo, mas vamos lá POVO ACORDA as eleições estão chegando é a hora de voces mostrarem que não estão contentes e pensem bem antes de votarem ou melhor anulem seus votos.
por Tetê Gouveia, em 18/06/2014 às 20:17
Na Veja, o texto é assinado por Luis Felipe Castro. Como é próprio da revista Veja, já tão sem credibilidade entre as pessoas mais esclarecidas neste país, o tom dado pelo repórter é de uma prepotência típica do jornalismo paulistano. Sugerir analogia entre o pífio "frango" do goleiro da Rússia diante da Coréia com o clássico local Mixto e Operário (um primo meu jogou no Operário por muitos anos) não poderia vir de outro tipo de profisisonal, que não jornalistas da provinciana mídia paulistana. Estado rico e população nem tanto, é comum em São Paulo que a classe média, que ocupa profissões como a de jornalista, tenha esta postura deselegante e provinciana. Isto considerando que em geral jornalistas em São Paulo vivem de free-lance, não têm carteira assinada, não recolhem FGTS e só viajam e ficam em bons hotéis quando a conta é paga pelas empresas que bancam seu trabalho temporário. Mesmo quando são contratadados, não demoram muito mais de um ou dois anos no emprego. Isto quando não vivem em apartamentos alugados no centro de São Paulo, em lugares insalubres, e sem salário com o qual possam ao menos comprar um imóvel num bairro tipo Higienópolis. Enfim, é degradante que estes profissionais sejam tão ranzinzas, tão levianos e façam da profissão algo tão irrelevante. Deve ser um jornalista bem fraco também, para ser designado para cobrir um jogo tão fraco, num estado onde o futebol é tão fraco. Que fracasso. Nem merecia ser comentado por este site local. Afinal, se a Copa é aqui, por que depender de notícia da mídia paulistana? Preguiça também do jornalismo local. Além do mais, o repórter de Veja está deslumbrado com a arena Pantanal. Oras, o ginásio ao lado também é um dos maiores e melhores do Brasil. Também ao lado há um ginásio específico para artes marciais, inédito no Brasil. Algumas da casas noturnas da cidade também são das melhores do Brasil. Supermercado em Cuiabá é dos melhores do Brasil. Restaurantes em Cuiabá entre os melhores do Brasil. Bandas de rock, das melhores do Brasil. Serviço de bufê, entre os melhores do Brasil. Karatê de Cuiabá, o melhor do Brasil. Curso de medicina na UFMT, um dos melhores do Brasil. Estar na ponta neste Brasil... Qual a novidade? Tetê Gouveia, bacharel em Letras.
por mariazinha, em 18/06/2014 às 19:33
Ruizinha esta revista não? Só consegue enxergar defeito. Dos outros.
Sitevip Internet