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05/09/2014 - 17:51

Polícia Civil responsabiliza empresa pela morte de funcionário da Arena Pantanal

Da Redação - Wesley Santiago

Foto: Wesley Santiago - Olhar Direto

Polícia Civil responsabiliza empresa pela morte de funcionário da Arena Pantanal
 O inquérito policial sobre a morte do operário Muhammad Ali Maciel, que foi vítima de uma descarga elétrica enquanto trabalhava na Arena Pantanal, foi encaminhado nesta sexta-feira (05) pela Polícia Judiciária Civil (PJC) para a Justiça. Os autos foram entregues no Fórum da Capital. A empresa Etel Engenharia foi responsabilizada pelo ocorrido.

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As investigações conduzidas pelo delegado da 2ª Delegacia de Polícia, Antônio Esperandio, concluiu, com base em oitivas, documentos, perícias e relatório da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que houve falhas no protocolo de segurança e responsabiliza a empresa Etel e Engenharia Montagens e Automação Ltda, pela morte do trabalhador.

O inquérito apontou que a empresa não seguiu as recomendações da Norma Reguladora 10 (NR 10), que estabelece as condições mínimas para segurança dos empregados que trabalham em instalações e serviços de eletricidades. Agora a Justiça irá analisar os documentos para decidir de que forma prosseguirá com o caso.

Entenda

O operário Muhammad Ali Maciel, 32 anos, morreu no dia 08 de maio deste ano, enquanto trabalhava na Arena Pantanal. Segundo informações, ele estava fazendo a instalação de uma luminária em um dos setores do estádio. A energia não foi cortado e o funcionário, que não utilizava luvas de acordo com as investigações, recebeu uma alta descarga elétrica e acabou não resistindo aos ferimentos.
por Manaína, em 09/09/2014 às 09:09
Enquanto houver descaso nas questões relacionadas a Segurança do Trabalho, acidentes ocorrerão cada vez mais. É preciso investir mais na segurança dos nossos trabalhadores e deixar a "economia" de gastos em detrimento da vida humana. A morte desse trabalhador é mais um legado da Copa pra Cuiabá juntamente com outras obras inacabadas e mal executadas. Até quando as Autoridades serão "coniventes" com empresas que buscam lucros em detrimento do trabalhador e da sociedade? É preciso rigor tanto das Autoridades que contrataram serviços como também dos Órgãos Fiscalizadores, de modo a coibir irregularidade graves como foi nesse caso. Os Poderes, em especial o Judiciário, devem ser rigorosos cada vez mais, aplicando condenações severas e não ceder a pressões a argumentos frágeis e inúteis que tentar minimizar condenações. Países de primeiro mundo investem na educação e também nas fiscalizações, punindo com extremo rigor quem descumpre leis. Atitudes assim inibem que outros pratiquem irregularidades por entender que "vale a pena correr o risco, pois afinal, os ganhos superam os prejuízos".
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