Publicado no dia 22 de julho deste ano, o extrato do aditivo de prazo concedido ao Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande traz a tona novamente a preocupação com as obras de implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). O modal, que deveria ter ficado pronto antes da Copa do Mundo, de acordo com o projeto inicial, ainda não rodou um metro sequer dos 22,2 Km previstos.
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O Tribunal de Contas do Estado (TCE) recentemente revelou que o contrato do VLT havia sido encerrado no dia 13 de março deste ano. Já o prazo de vigência, terminou no dia 11 de junho, dias antes do início do Mundial de 2014. Com isso, o aditivo servirá como forma de dar respaldo jurídico a obra que tem um custo aproximado de 1,5 bilhão.
A falta de respaldo jurídico abriria precedentes para cobranças de multas, caso a obra não fosse concluída. O TCE previa que a de maior valor seria a conclusão do trecho do VLT de Várzea Grande até o bairro do Porto. Curiosamente, esta é a área que o governo assinalou como prioritária antes da Copa do Mundo, porém, os trabalhos atrasaram e nada foi concluído.
Porém, já é esperado que um novo aditivo seja assinado para postergar a obra até 2015. Isso porque, o novo prazo é dezembro de 2014 – com vigência até março de 2015 - e como já apontou o relatório do TCE, é pouco provável que até lá tudo esteja concluído. O próprio governo do Estado já admitiu em algumas entrevistas coletivas a possibilidade de que o projeto seja finalizado apenas no ano que vem.
Demissões
O Ministério Público do Estado (MPE-MT) averigua também a demissão de diversos funcionários das obras do novo modal. Estima-se que pelo menos 700 trabalhadores já tenham sido demitidos. Recentemente a assessoria de imprensa do Consórcio VLT, informou ao Olhar Copa que 1.100 funcionários estariam atuando no projeto.
Ainda de acordo com o Consórcio, no ápice da construção, este número teria chegado a 2.500 operários. Recentemente, a assessoria de imprensa também explicou ao Olhar Copa que “assim como em todas as obras, quando alguns serviços vão ficando prontos, o número de funcionários vai sendo reduzido”.
Realidade
A reportagem do
Olhar Copa passou ‘in loco’ por algumas das obras e constatou que há funcionários nas obras, porém, o número dos que ficam ‘a vista’ da população não chega perto do informado pelo Consórcio. Até o último final de semana, os trilhos estavam instalados até próximo da trincheira do Zero Km.
A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) apontou que estão em andamento frentes de trabalho no Centro de Manutenção do VLT (CM); Avenida João Ponce de Arruda com a continuação da via permanente; Ponte Júlio Muller; Viaduto UFMT com atividades relacionadas ao acabamento de meio-fio, sarjeta e calçada; Avenida do CPA com a retomada dos tapumes; Viaduto MT040 com a finalização da drenagem e continuidade da pavimentação da rotatória.
(Colaborou Katiana Pereira)
Confira abaixo uma galeria com um panorama das obras do VLT