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24/02/2014 - 16:37

Sindicato aciona Ministério Público por más condições de trabalho de empregados na construção do COT da UFMT

Da Redação - Laura Petraglia

Foto: Darwin Júnior - Olhar Copa

Situação do COT é preocupante e obras continuam empacadas

Situação do COT é preocupante e obras continuam empacadas

Os cerca de 190 trabalhadores do Centro Oficial de Treinamento (COT) da UFMT, protocolizaram por meio do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), na manhã desta segunda-feira (24) junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), denúncia sobre as péssimas condições de trabalho a que supostamente estão sendo expostos pela empreiteira que toca a obra.

A denúncia também será entregue a Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa). De acordo com os trabalhadores falta vasos sanitários, chuveiros e armários suficientes para atender aos 190 operário. Além disso, consta da denúncia que a alimentação servida em marmitex, seria em quantidade insuficiente para a maioria deles.

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Outro ponto denunciado pelos trabalhadores é sobre o cartão de ponto, que segundo eles seria 'batido' por terceiros e não pelo próprio trabalhador, bem coma a existência de apenas um relógio de ponto, o que provocaria enormes filas e desconforto. Também há reclamação sobre falta de repasse de vale combustível e de adiantamento quinzenal, quando solicitados, e sobre a má qualidade da água servida no local.

Outra denúncia é quanto a algumas horas extras não contabilizadas. De acordo com relatos dos operários, o final do expediente está sendo registrado às 16 horas nos cartões de ponto, mas todos trabalham até às 19 horas. A denúncia aponta ainda que a empresa não está depositando o FGTS.

A obra, destinada à Copa do Mundo, é de responsabilidade da construtora Engeglobal. O sindicato alega que empresa também não encaminha para ele a lista dos trabalhadores que descontam as contribuições, impedindo a entidade de cumprir com o que foi acordado na Convenção Coletiva de Trabalho e ofertar a eles os benefícios destinados aos trabalhadores contribuintes.

A reportagem tentou insistentemente contato com a Engeglobal, porém, nos telefones informados pela própria empresa para contato com o diretor Luiz Garcia, não conseguiu falar. Com relação à Secopa, até o fechamento da matéria a reportagem aguardou também em vão um posicionamento da Secretaria.

Segundo o sindicato, a entidade visitou a obra no último dia 10 de fevereiro e constatou in loco as reclamações. Reuniu-se posteriormente com os trabalhadores e com a direção da construtora, com a qual tentou diálogo, sem sucesso. O prazo máximo dado para que a Engeglobal resolvesse a questão esgotou-se no dia vinte de janeiro, mas não houve resposta da empresa.

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