A empresa aérea TAM solicitou à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) uma mudança de aproximadamente 40% da sua malha aérea no país durante o Mundial de 2014. Com a mudança, número de voos para Cuiabá deverá dobrar. Atualmente Cuiabá recebe cinco voos diários da empresa aérea. Caso a Anac aceite a solicitação, este número deve subir para 11, pouco mais que o dobro do que a capital mato-grossense já recebe.
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Porém, a presidente da TAM, Claudia Sender, diz que a alteração não deve gerar um grande retorno financeiro para a empresa: “Um dos mitos em torno da Copa é que será um momento das companhias ganharem muito dinheiro. A projeção é de redução de receita e de um investimento maior. Na Copa, teremos praticamente só passageiros de lazer que em média pagam bem menos que os que viajam a negócios”.
Claudia ainda diz que mudar o roteiro de voos diários não é o único desafio das empresas aéreas: “Não vai ter pátio para os aviões. O aeroporto não tem capacidade para receber tantas aeronaves paradas. Todas as companhias têm o compromisso de fazer a Copa dar certo. Mas onde vou estacionar?”, indaga ela. A Anac se comprometeu a utilizar aeroportos alternativos e bases aéreas para tentar evitar um novo ‘caos aéreo’ no país.
Outro problema apontado pela presidente é que alguns voos da companhia irão vazios. Ela ainda diz que as cidades não terão como acomodar todos os turistas: “Vou ter de transportar 30 mil -20 mil que sejam- que não terão onde dormir em Fortaleza”.
Problemas meteorológicos também causam um temor nas empresas aéreas. Em cidades como Porto Alegre e Curitiba o fechamento dos aeródromos é constante no período da Copa do Mundo de 2014, por conta da neblina, o que pode cancelar voos e deixar os aviões sem tripulação: “Se não conseguirem pousar e decolar, a hospedagem de passageiros e da tripulação também aumentará a pressão na companhia”, finaliza Claudia.
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