O trabalhador Divino Queiroz Mariano, de 51 anos, se acorrentou na manhã de hoje a um trator utilizado nas obras da trincheira do bairro Santa Isabel (Verdão) e promete não deixar o local até receber um pagamento equivalente a sua dívida, estipulada em R$ 30 mil.
Mariano é de Paranaíba, Mato Grosso do Sul e veio para Mato Grosso trabalhar nas obras da Copa do Mundo 2014. Ele era contratado pela a subempreiteira Luana Construção, que tem contrato com a Métrica, responsável pela obra. Mariano alega que era responsável por arrumar o alojamento para os trabalhadores da subempreiteira e se endividou nesta atividade.
Entre cheque especial e agiotagem, Divino alega ter somado uma dívida de R$ 30 mil. Ele sustenta que os operários da Luana esperavam ser incorporados à Métrica, o que acabou não acontecendo e as pessoas contratadas, aos poucos, foram sendo alojadas e ele arcou com essas despesas . Agora, tanto a Luana quanto a Métrica alegam, segundo ele, que não ter como pagar o montante. Divino já foi dispensado pela empreiteira, mas não tem como voltar para casa.
O protesto
Divino se acorrentou na manhã de hoje ao trator e está até o momento sem se alimentar, apenas bebendo água e protegido com um guarda-sol. Ele alega que só sai de lá com a resolução do impasse e já comunicou tanto a construtora quanto a Secopa, que ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
O outro lado
A Métrica, por meio da assessoria de imprensa, garantiu que pagou todos os encargos trabalhistas da rescisão de Divino e que tem toda a documentação que comprova a regularidade da situação.