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Notícias / Mobilidade Urbana

Túnel de vento seria solução para reduzir atrasos em obras da Copa

Da Redação - Darwin Júnior

Cinco meses. Esse foi o tempo em que as duplicações da Estrada da Guarita e rodovia Mário Andreazza ficaram ‘empacadas’ por causa das chuvas. Com o fim do período chuvoso, que afetou o cronograma, as empreiteiras ganharam fôlego para tocar as obras do Mundial em Cuiabá. A Estrada da Guarita já está recebendo pavimentação, no entanto a rodovia Mário Andreazza ainda convive com sérios atrasos.

Duplicação da Estrada da Guarita e rodovia Mário Andreazza entra na fase de pavimentação
Confira obras no viaduto do Despraiado na fase de acabamento

A pouco mais de um ano da Copa, o período chuvoso deu uma trégua, mas deve estar de volta a vapor no mês de outubro, justamente no período em que a maioria das intervenções devem estar sendo concluídas e preparadas para entrega. A Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) prometeu a entrega de todas as obras até dezembro. Do outro lado, os empreiteiros sempre culparam as chuvas pelos atrasos. Notadamente, sempre houve a velha ‘compreensão’ e o ‘jeitinho brasileiro’ que acabam levando para a readequação dos prazos.

A solução para amenizar o problema, em especial para a implantação do VLT, parece estar em casa. Uma matéria veiculada pelo site do Ministério do Planejamento revela que ‘Mato Grosso estabeleceu a fórmula’ para tocar as obras mesmo durante o período chuvoso: a instalação de um túnel de vento, que permite trabalhos de pavimentação mesmo sob chuva. A ‘ferramenta’ utilizada pioneiramente em obras de asfaltamento de rodovias no Estado, chamou a atenção como uma referência nacional.

A dinâmica das obras de Mato Grosso, vista pela ministra Miriam Belchior quando de sua visita a Mato Grosso ganhou espaço privilegiado no site do Ministério do Planejamento, na ‘TV PAC’. De acordo com a publicação, “as obras nas rodovias que integram o Sul, Centro-Oeste e Norte (BRs 163 e 364), tiveram uma experiência única que foi a instalação de um túnel de vento, uma cobertura inflável de PVC que permite a realização de obras durante o período chuvoso”.

Segundo o superintendente regional do Dnit, Luis Antônio Garcia, a instalação da ferramenta em Mato Grosso foi um desafio: “Por se tratar de uma obra do PAC que é prioritária e estruturante para Mato Grosso, tivemos a sensibilidade de topar esse desafio para fazer esse túnel que anteriormente já tinha sido utilizado em construção de gasoduto mas que ainda não teve experiências com obras rodoviárias. A experiência proporcionou o trabalho durante o período chuvoso”.


Túnel de vento utilizado no apoio à pavimentação de rodovias federais em Mato Grosso. Ferramenta virou referência

Para o engenheiro Mário Ribas, um dos responsáveis pelas obras de pavimentação nas rodovias de Mato Grosso, o túnel permitiu um avanço significativo no cronograma da construção das estradas. “Esse túnel tem 1.000 metros e pode ser deslocado à medida em que a obra avança para que não tenha interrupção. Abreviamos o tempo de serviço trabalhando nessa obra em 30%”.

A ministra Mirim Belchior sobrevoou as obras rodoviárias em Mato Grosso e aplaudiu a iniciativa que parece realizar um sonho antigo do Governo Federal. “Com essa tecnologia que foi testada aqui e aprovada será possível trabalhar durante 12 meses no ano. Por isso, fiz questão de vir aqui para conhecer uma coisa que o governo sonhava há muito tempo e certamente será mais uma melhoria na produtividade da nossa construção brasileira”, disse ela. Ainda em Mato Grosso, a ministra anunciou em um encontro com os novos prefeitos que todo o Estado receberá até 2014, o aporte de 27,9 bilhões em investimentos do PAC 2.

Confira a matéria em vídeo veiculada pela TV PAC do Ministério do Planejamento