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Vistoria detecta que apenas o trecho Aeroporto-Porto do VLT deve ficar pronto para a Copa

Da Redação - Darwin Júnior

A princípio com sua previsão de entrega para março de 2014, a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos pode demorar mais do que imaginam os pessimistas. A empreiteira responsável pela obra – consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande – e o Governo do Estado devem elaborar um novo cronograma para a entrega do modal e isso implica em ir aquém do esperado. Está sendo cogitada a entrega de apenas um trecho, ligando o Aeroporto de Várzea Grande ao Porto, em Cuiabá e não mais uma linha – aeroporto-CPA – como admitiu o governador Silval Barbosa.

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A possibilidade de conclusão da obra após a Copa já foi admitida pelo governador do Estado, Silval Barbosa, que dizia acreditar na entrega de pelo menos uma linha na íntegra – Aeroporto-CPA. Entretanto, despontou a possibilidade de redução desse trecho na visita feita pelos deputados da Comissão de Infraestrutura Urbana e Transporte da Assembleia Legislativa, às obras do VLT em Várzea Grande. Eles estiveram acompanhados do engenheiro da Secopa, André Luis Bento, que fez esclarecimentos sobre a intervenção.

A comissão constatou que ‘somente por um milagre’ a construtora conseguirá cumprir o contrato a tempo da Copa do Mundo, conforme contrato com o Governo. Também é improvável a entrega de uma linha até junho, quando acontece a Copa do Mundo em Cuiabá’. O deputado Sebastião Rezende ressaltou que os deputados têm cobrado mais celeridade para que o máximo possível dessa obra possa ser entregue antes do Mundial.

“Existe um estudo sendo feito pelo consórcio construtor e o Governo do Estado para estabelecer novas datas para entrega do VLT”, informou o engenheiro André Luis, que não entrou em detalhes sobre prazos e volume da obra a ser entregue.

O ‘enxugamento’ da linha Aeroporto-CPA é uma possibilidade real, na visão dos representantes do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) que integraram a comitiva de visita às obras na terça-feira.

No entanto, o que mais preocupou o engenheiro do CREA, André Schuring, é a aplicação do material nas obras. “Notamos presença de materiais que podem apresentar risco. Felizmente, a empreiteira já atuou na substituição desses ítens”, revelou. Schuring informou que engenheiros que permitirem erros deverão ser responsabilizados. “Terão que responder pelas falhas através de processo administrativo e podem até perder o exercício profissional”, avisou.

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