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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Marinha nega existência de embarcação próxima a chalana que naufragou

Foto: Reprodução/Internet

Acidente aconteceu em março de 2008

Acidente aconteceu em março de 2008

Após a condenação por parte da Justiça Federal à União e ao proprietário da chalana “Tô a Tôa”, Semi Mohamed Said, que naufragou no Rio Cuiabá em 9 de março de 2008, deixando nove mortos, a Marinha do Brasil, por meio do 6º Distrito Naval, emitiu nota negando que houvesse uma de suas embarcações no local e momento de partida da chalana, contrariando o que disse uma das testemunhas durante depoimento.

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Conforme a nota, “no dia 9 de março de 2008, a Delegacia Fluvial de Cuiabá tomou conhecimento do naufrágio por meio de uma ligação telefônica de um oficial da marinha, que estava a bordo da Lancha Balizadora Lufada que realizava ação de Hidrografia na região, e se encontrava a 80 quilômetros do local do acidente, não existindo, portanto nenhuma embarcação da marinha próxima à embarcação Semi  Tô a Tôa. Ato contínuo, o à época Agente Fluvial de Cuiabá, adotou todas as medidas cabíveis afetas ao acidente, no que tange as responsabilidades da Marinha do Brasil”.

Ainda segundo a Marinha, o Salvamar Oeste determinou que Lancha Balizadora Lufada fosse até o local do acidente. Além disso, teria sido enviada uma aeronave serviço do Comando do 6º Distrito Naval a fim de prestar apoio às buscas, chegando ao local do sinistro as 15h50 do mesmo dia.

No dia 11 de março de 2008, foi instaurado o Inquérito Administrativo e à Prevenção de Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), através da Portaria nº 9, de mesma data, da CFPN e foram ouvidas as testemunhas.

Na inquirição das testemunhas, o proprietário, Semi Mohamed Said, em depoimento, declarou que tentou dar entrada ao processo de alteração/reclassificação da embarcação, mas o mesmo foi rejeitado pela agência fluvial de Cuiabá, tendo em vista a falta de documentos necessários. “Realizou, ele mesmo, alterações estruturais sem as licenças devidas e utilizou a embarcação para transporte de passageiros sem a mesma ter sido reclassificada”, diz trecho da nota.

A Marinha confirma que houve imprudência e imperícia dos envolvidos no caso, mas nega que tenha havido negligência no que diz respeito à alteração, mudança de características da referida embarcação. “Nem tão pouco sequer houve autorização de nenhum agente da Marinha do Brasil para a embarcação navegar”.
 
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